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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

NATAL: CAPITANIA DAS ARTES FOI ENTREGUE EM ESTADO CAÓTICO PELA ÚLTIMA ADMINISTRAÇÃO

O setor cultural foi jogado ao limbo durante quatro anos da administração Micarla de Sousa e seus asseclas. A situação da Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte) está próximo da ruína. A última reforma do prédio histórico e tombado foi há mais de seis anos, e apenas para revitalização de sua fachada. Hoje, após a ação do tempo e do desprezo do poder público, e entregue a um novo "dono", já oferece perigo aos funcionários ou a quem transita pelos seus corredores. O perigo não é provocado apenas pelas fiações à mostra que já provocaram um curto em uma das salas (parte do teto está chamuscado pelo pequeno incêndio decorrente), mas também pela livre passagem de transeuntes que cortam caminho do Passo da Pátria para o centro pelo pátio da Funcarte. 
Isso porque o portão eletrônico está quebrado e escancarado. A guarita que abrigava um vigilante em todos os expedientes é um depósito de entulhos e vigas de concreto. O sanitário do banheiro foi roubado. E o pátio que abrigou dezenas de shows do projeto Nação Potiguar - alguns históricos - hoje é tomado pelo mato. Os postes de luz que restaram estão jogados ao chão. O piso disforme também oferece algum perigo e inviabiliza a promoção de novos shows. Paredes e muros pintados parecem ilusão de um passado distante. Até a bomba de água da instituição foi roubada antes da entrega do prédio à nova gestão. O assessor de imprensa da Funcarte, Dionísio Outeda, disse que será feito um diagnóstico da situação para ser enviado ao prefeito Carlos Eduardo Alves. 
A tentativa é uma restauração ampla do prédio histórico e suas instalações. Enquanto isso há a possibilidade de o trabalho ser continuado em outro local. "Não há condições de trabalho em muitas salas aqui. Talvez essa mudança fosse a melhor alternativa, pelo menos até conseguirmos melhorar a situação. Do jeito que está, não dá". Mesmo o espaço bem quisto da Galeria Newton Navarro foi deformado pela última administração. Uma parede tomou parte da galeria para que fossem instalados três salas. Uma delas virou depósito, e as outras duas - o gabinete do presidente e o departamento de Novas Mídias e Audiovisual - permanecem sem qualquer conforto ou condições de trabalho. Ainda assim, o entra e sai de funcionários e artistas em busca de informações na Funcarte é intenso, principalmente diante da organização do carnaval que já se avizinha.

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