Fontre: Assis Silva
No
Nordeste, o risco poderia ser diminuído se a energia produzida pelo vento
pudesse ser distribuída, mas faltam as linhas de transmissão. O vento
está a favor, mas o setor de energia elétrica não pode aproveitá-lo como
deveria. A maioria dos parques eólicos instalados no país fica no Nordeste,
onde o vento constante do litoral reúne condições ideais para essa energia
limpa. Mas 26 novos empreendimentos estão prontos e não funcionam. Eles estão
concentrados no Ceará, Bahia e Rio Grande do Norte. Para
entrar em operação, os aerogeradores dependem das linhas de transmissão que vão
ligar o que é gerado ao Sistema Nacional de Distribuição de Energia Elétrica. Por causa
do atraso na implantação destas linhas, o país ainda não pode contar com o
reforço da energia que está pronta para ser produzida em novos parques eólicos.
As linhas
de transmissão e subestações são responsabilidade de duas concessionárias,
entre elas a Chesf, Companhia Hidroelétrica do São Francisco, que atribui o
atraso principalmente à demora nas licenças ambientais para as instalações. Na última
semana elas foram concedidas para a construção de linhas nos parques eólicos de
Caetité, na Bahia, e de João Câmara, no Rio Grande do Norte. “Tendo isso a
gente começa a obra e em oito meses a gente põe ela de pé”, afirma Ailton Lima,
diretor de Engenharia e Construção da Chesf. Com
tantos cataventos parados, as concessionárias das linhas de transmissão
receberam multa de R$ 12 milhões da Agência Nacional de Energia Elétrica.
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