Seis meses depois do decreto de calamidade na saúde e do anúncio do
Plano de Enfrentamento para os Serviços de Urgência e Emergência do Rio Grande
do Norte., a governadora Rosalba Ciarlini apresentou, ontem, um balanço
das ações, que avaliou como sendo positivo, e anunciou que o estado de
calamidade não será prorrogado. Em entrevista coletiva, a governadora afirmou
que "ainda há muito a ser feito, mas já é possível perceber as melhorias
no atendimento na rede estadual". Dentre as ações executadas, Rosalba Ciarlini
destacou a reforma do Hospital Giselda Trigueiro que passa a contar com sete
leitos de UTIs para doenças infectocontagiosas, e ainda a reforma de outros 11
hospitais do Estado. Com o Plano de Enfrentamento foi possível a aprovação do
MS para a liberação de recursos do Governo Federal no valor de R$ 33 milhões e
mais 12 milhões para investimentos nos hospitais. Em contrapartida, o Governo
do Estado, com recursos do tesouro estadual, repassou cerca de R$ 18
milhões para as obras estruturantes e o abastecimento nas unidades
hospitalares nesses seis meses.
Acompanhada do secretário estadual de Saúde,
Isaú Gerino, da secretária adjunta de Saúde, Kátia Mulatinho, e do Coordenador
Estadual de Urgências e Emergências, Luiz Roberto Fonseca, a governadora
avaliou que o decreto de calamidade cumpriu sua função e foi essencial para o
Estado, mas reconheceu que nem tudo está resolvido. O coordenador estadual
de Urgências e Emergências, Luiz Roberto Fonseca, ressaltou que o decreto de
calamidade permitiu que o Estado recebesse de imediato recursos federais a
serem aplicados na saúde. Ele destacou o investimento de R$ 4,7 milhões para a criação
de uma Central de Regulação Única (CRU) para gerenciamento dos leitos da rede
pública de saúde, cuja sede definitiva está em obras, com previsão de conclusão
em janeiro; a implantação de 88 leitos nos hospitais Ruy Pereira, Onofre Lopes
e da Polícia Militar; e o abastecimento dos hospitais que passou de 26%
para 60%.
Para Luiz Roberto Fonseca, outro ponto
importante e decisivo do Plano de Enfrentamento foi a expansão do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que chegará no primeiro trimestre deste
ano, com a cobertura de 72% da população e 100% ao final do ano. "O Samu
vem disciplinar a prática da ambulancioterapia, da qual os pacientes são
transferidos de forma inadequada. Como estamos reestruturando os hospitais
regionais, precisamos que esses pacientes sejam atendidos nessas unidades,
evitando as filas nos corredores do Walfredo Gurgel", disse o coordenador.
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