INSATISFAÇÃO
O clima de animosidade entre o PMDB e a governadora Rosalba Ciarlini é muito pior do que possa imaginar o maior falador do Café São Luiz. A demora do Governo em mudar o tratamento com o PMDB terminou precipitando o clímax da crise.
OFERECIMENTO
Quando o PMDB externou insatisfação de forma pública, interlocutores privilegiados do Governo trataram de desmoralizar a legenda de Henrique Alves, dizendo que bastava oferecer mais cargos que o partido não iria romper e nem ofereceria resistência. Outro erro estratégico.
VITÓRIA
A eleição de Henrique Alves para a Câmara dos Deputados fortaleceu o PMDB de forma a não precisar ou depender mais do Governo Rosalba Ciarlini para implementar seus planos em 2014. Mesmo após a vitória do filho de Aluízio, o Governo não mudou seu tratamento em relação ao PMDB. Pelo contrário.
ROMPIMENTO
O líder e presidente do PMDB no RN, Henrique Alves, usou seu jornal Tribuna do Norte para bater duro no Governo Rosalba Ciarlini e atingiu diretamente seu mentor e responsável por tudo, Carlos Augusto Rosado. Quando o namorado de Laurita reclama e desqualifica a articulação do Governo e seu núcleo político, sabe que está se referindo a Ravengar; que, enfraquecido, evita sua reação natural de ‘chutar o balde’ e mandar o PMDB às favas. Engole galado para dar o troco no momento que julgar oportuno. É seu estilo.
MUDANÇA
O deputado Nélter Queiroz voltou à normalidade em relação ao Governo Rosalba Ciarlini. Freqüentador assíduo do café de Ravengar e da Rosa em 2012, ‘cavalo doido’ voltou a bater duro na atual gestão e sinaliza fortemente que o PMDB não deve nem querer Rosalba em seu palanque; dirá apoiá-la.
PASSADO
Quando a coluna, em plena eleição municipal, noticiou que o PMDB não aceitaria Rosalba no palanque de Hermano Morais no segundo turno do pleito natalense, houve tentativas de desmentidos. O tempo e os fatos mostraram a verdade: Rosalba foi proibida até de dizer que torcia por Hermano.
FEDERAL
A ex-governadora Wilma de Faria, que se afogou na vaidade inconseqüente em 2010 e perdeu a eleição para o Senado, agora parece ser mais racional e já admite para liderados e aliados que será candidata a deputada federal em 2014, mesmo com números favoráveis para disputar o Governo ou o Senado.
ARGUMENTOS
Em 2014, Wilma pode ser eleita deputada federal sem riscos, com uma votação consagradora, cortejada pelas chapas majoritárias, sem virar alvo e ainda pode ampliar a bancada do PSB no RN. Se for para a majoritária, será alvo de oposicionistas, que irão exumar escândalos e corre risco de permanecer somente como vice de Carlos Eduardo.
VAIDADE
Em vários estados do Brasil, ex-governadores deixam o mandato e disputam eleições proporcionais. Aqui no RN, a vaidade é tanta que o político corre o risco de ficar sem mandato, mas só quer ser candidato a cargo majoritário. No Rio de Janeiro, o ex-governador César Maia foi eleito vereador. Coisa absolutamente improvável de ocorrer por aqui.
SECRETO
O TJRN contrariou seu regimento e fez votação secreta para escolha da lista tríplice. E insiste no erro estratégico de tentar encontrar amparo jurídico para justificar o sigilo desnecessário. Levou uma pancada forte do CNJ por cegueira. Já o posicionamento da OAB também vai de encontro ao anseio da sociedade, que luta permanentemente por transparência.
REAÇÃO
O deputado José Adécio diz que a Rosa vai gerenciar 2 bilhões de reais até o próximo ano, o que irá provocar uma mudança grande no cenário político, que possibilitará a reeleição da governadora. Um matuto calejado com a seca, aproveitou a deixa e caprichou: “É… Dedé Adécio tá certo. O que peia e dinheiro não resolver, é porque foi pouco”.
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