Dentro do Rio Grande do Norte, há quem defenda a nova Sudene e há quem questione a sua atuação. O presidente da Federação das Indústrias do RN (Fiern) e também industrial, Amaro Sales, sugere que a autarquia seja reformulada. Para Amaro, o Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Nordeste (FNE), operacionalizado pelo Banco do Nordeste (BNB), deveria passar a ser gerido pela Sudene. "Os recursos da nova Sudene são muito escassos. Nenhuma instituição sobrevive desta forma. Não se faz nada sem recurso", justifica. As mudanças não parariam por aí. A reformulação, de acordo com Amaro, poderia ser mais ampla e deveria ser discutida em fóruns como os realizados antes no âmbito da superintendência. "Precisamos mudar a Sudene, outra vez. Ela não é viável da forma como está. Não se sustenta".
Para o industrial, o impacto da recriação da autarquia foi nulo no estado. A Porcellanatti, empresa de revestimentos cerâmicos em Mossoró, foi a única beneficiada com recursos do FNDE até o momento no RN, "e está temporariamente fechada". O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Rogério Marinho, preferiu não entrar neste mérito, e afirmou o governo já começou a definir uma estratégia de novas demandas em investimentos e projetos com o apoio da Sudene.
O plano, segundo ele, será apresentado na primeira semana de março, durante encontro da presidente Dilma Rousseff com os governadores do Nordeste em Natal. "Há investimentos estratégicos que precisam ser discutidos, inclusive para atender a demanda de mais de um estado do Nordeste. Estamos na conclusão dessa pauta para apresentação pela Governadora neste encontro", afirmou. Rogério questionou os números apresentados pela superintendência para o estado e ressaltou que há vários projetos aguardando aprovação. "Se considerarmos os novos projetos, os investimentos no RN são muito maiores do que os R$ 47 milhões".
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