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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

POLÍCIA CIVIL PRENDE TRÊS ACUSADOS DE EXPLODIR AGÊNCIAS BANCÁRIAS EM ESTADOS DO NORDESTE

Três integrantes de uma quadrilha que atua em explosões, arrombamentos e assaltos à agências bancárias e carros-forte foram presos ontem por policiais civis da Divisão Especializada de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor), nos bairros de Capim Macio e Cajupiranga, na Região Metropolitana de Natal. Quatro pessoas foram presas e uma delas, baleada durante confronto, está internada no Hospital Walfredo Gurgel. Entre o material apreendido com os criminosos, estavam dinamites, fuzis, espingardas, pistolas roubadas de agentes de Segurança Pública, grande quantidade de munição, grampos para furar pneus, vários outros tipos de equipamentos e armamentos, rádio-comunicadores, além de camisas de identificação da Polícia Federal, um giroflex, coletes a prova de balas e R$ 62 mil em dinheiro.

Segundo a delegada da Deicor, Sheila Freitas, a quadrilha é suspeita de praticar seus crimes em vários estados do Nordeste e Centro-Oeste. Um dos presos, identificado como Paulo Donizete Siqueira de Souza ou “Vírus”, é apontado como o autor de mais de 50 assaltos a agências bancárias, com o sequestro de gerentes de bancos e explosões a carros-forte na Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte. Ele foi preso quando chegava a um imóvel no bairro de Cajupiranga, em Parnamirim, para resgatar João Maria dos Santos, conhecido pelo apelido de “Gugu”. O terceiro integrante do grupo foi preso na Avenida Roberto Freire, em Capim Macio, após resistir à prisão e tentar fugir do cerco policial montado pela Deicor. José Carlos dos Santos Bezerra, o “Zécarlos” foi baleado durante perseguição e troca de tiros.

Quadrilha já tinha explosivos prontos para serem usados
Além das bananas de dinamites e granadas, os policiais civis encontraram ainda um explosivo líquido que já estava pronto para ser usado. O material estava dentro de uma garrafa pet de meio litro e tinha também um metal com imã acoplado ao seu corpo, para grudar em um carro-forte, conforme explicou a delegada Sheila Freitas. “Ainda não sabemos em que ação ou alvo eles iriam usar o artefato, mas isso é mais uma demonstração de que eles já tinham, pelo menos, uma ação pronta para ser feita, já que estavam com uma bomba pronta. O material encontrado é suficiente para explodir um carro-forte”, disse.

Para ela, o apoio da Polícia Civil da Bahia, que também investiga a ação da quadrilha, foi fundamental para a prisão dos três acusados, ontem. Ela disse ainda que a troca de informações sobre os crimes ocorridos nos dois estados ajudou a identificar semelhanças no modo de ação e a identificação dos criminosos e do “quartel-general” dos três, que são de alta periculosidade. Esse detalhe, segundo ela, foi essencial para identificar os bandidos, já que apenas o “Gugu” é potiguar. Paulo Donizete é natural do Paraná e José Carlos, do Mato Grosso. “Ou seja, sotaques totalmente diferentes, como as pessoas que foram feitas reféns em São Paulo do Potengi disseram à polícia”, citou. (A.B.)

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