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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

RIO GRANDE DO NORTE: A HISTÓRICA LUTA EM PROL DOS FUNCIONÁRIOS DA EDUCAÇÃO

Quem acompanha as atividades cotidianas do SINTE-RN sabe do esforço e do investimento que é feito na luta em prol dos funcionários. Uma maratona que tem sido bravamente enfrentada desde os anos de 1980.Tanto os documentos arquivados no Sindicato quanto as pessoas que participaram dessa luta desde o começo comprovam essa trajetória vitoriosa. A coordenadora geral Fátima Cardoso faz questão de guardar documentos das diversas conquistas, como a primeira proposta do Plano de Carreira unificado feito em 1999 e debatido na Escola Estadual Floriano Cavalcante, por exemplo.

Fátima Cardoso relembra que há cinco anos a secretaria de Educação quis instituir o horário corrido de seis horas para os funcionários que trabalham nas escolas e foi o SINTE-RN que impediu essa barbárie. “Foi no governo Vilma que conquistamos a Lei da gratificação chamada GME para os funcionários. Não foi fácil conseguir a formação técnica do Pro-funcionário nem tão pouco mostrar ao governo que licenças e quinquênios devem ser publicados e pagos tanto para professores quanto para funcionários. Nesses últimos anos, a publicação das aposentadorias estão mais rápidas e tudo isso é graças às pressões da luta da categoria”, ressalta a sindicalista.

O nó dos salários e da carreira
Em todas as pautas de reivindicações constam a luta por salários para os funcionários. O plano de carreira dos funcionários, por exemplo, só foi para a aprovação por determinação da luta e da insistência do SINTE-RN.
Fátima Cardoso lembra que na tarde em que o plano foi para votação na Assembleia Legislativa muitos telefonemas foram dados. “O governador estava em Brasília e seus assessores não tinham o poder para decidir. Lá estava a direção do SINTE-RN telefonando para a deputada Fátima Bezerra ajudar a convencer o governador, enquanto aqui em Natal o deputado Fernando Mineiro tentava convencer o governador do envio da mensagem do projeto de lei que criou o plano de carreira (lei 432/2010)”, resgata.

A sindicalista enumera uma série de atividades desenvolvidas pelo SINTE-RN:
1- Reivindicamos a reabertura do enquadramento uma vez que muitos funcionários perderam o prazo;
2- Temos uma ação judicial que pede o pagamento dos 100% da tabela salarial para todos, incluindo os aposentados;
3- Pedimos nesta ação que sejam pagos todos os retroativos. O governo deve à categoria desde 2010;
4- Quando o salário mínimo aumentou para R$ 622, logo pedimos audiência com o secretário de Administração para além de reajustar os salários manter os 30% e esse diálogo nos foi negado;
5- Este ano, com o aumento do salário mínimo está acontecendo já defasagem nos chamados 30%. Razão para lutarmos pela correção da tabela de salários. Se a tabela não for corrigida daqui a pouco os 100% da tabela salarial vão desaparecer.

A luta ganha novas proporções
Sempre tivemos a participação dos funcionários na luta, mas também nunca se teve um motivo tão forte para mobilizar os funcionários a participarem da luta. “Hoje temos concretamente o Plano de Carreira que, além da tabela salarial, tem outros incentivos. Mesmo com esse motivo nem todos encontram disposição para participar das lutas. Vamos às escolas, Direds e SEEC para mobilizar a categoria a participar”, assegurou Fátima Cardoso.
Para maior repercussão da luta, a direção do SINTE-RN está realizando todo mês reunião com os funcionários a data referência que foi tirada é a última sexta-feira de cada mês. Em Janeiro, foi promovido um seminário com a presença do doutor João Monlevade, uma grande autoridade na luta dos funcionários.

Direção preza pelo respeito às diferenças e mobiliza categoria para a luta
“Temos compreendido que algumas pessoas manifestam dúvidas quanto aos procedimentos adotados pelo Sindicato através da diretoria e respeitamos essas diferenças de pensamento”, garante a coordenadora geral. Para a direção do SINTE-RN duas vertentes devem ser adotadas para que os efeitos sejam potencializados: é preciso sair das escolas e vir para as ruas ter claro que o governo só faz alguma coisa quando é pressionado pela classe trabalhadora.
A direção do sindicato precisa, sobretudo, da atuação desse segmento da categoria e seu papel é de mobilizá-lo. A sindicalista reconhece que o governo é quem tem o poder de atender às reivindicações e os pleitos da classe trabalhadora, mais sabe que isso só é possível quando o povo se faz ouvir.

Coordenadora esclarece andamento da ação judicial
“Não enganamos a ninguém. Temos muito respeito e sinceridade com os nossos colegas. A única mágica que fazemos é falar a verdade para toda categoria”, afirmou a coordenadora geral do Sindicato diante de comentários criticando a atuação do SINTE-RN. Ela adiantou que na última conversa com o juiz, no final de janeiro, este prometeu que até março estava daria a sentença final na ação judicial em prol dos funcionários.

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