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quinta-feira, 14 de março de 2013

AL DEBATE CRIAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO SERIDÓ

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (AL/RN) fará amanhã (15) audiência pública para discutir a criação da Universidade Federal do Seridó. Contando com apoio de diversos setores da sociedade seridoense e potiguar, o projeto está nos primeiros passos de sua construção, mas já tem seus encaminhamentos. O projeto tem apoio também da Igreja, através da Arquidiocese de Natal, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da Fiern, da Fecomércio e do Instituto Histórico e Geográfico do RN, além da Associação dos Procuradores do estado do RN (Aspern).

Emanuel AmaralRoberto Germano, Nivaldo Brum e padre João Maria em visita ao diretor-administrativo da TN, Ricardo AlvesRoberto Germano, Nivaldo Brum e padre João Maria em visita ao diretor-administrativo da TN, Ricardo Alves

De acordo com o prefeito de Caicó, Roberto Germano, "a universidade tem como objetivo oferecer cursos específicos voltados para economia da região, como Gastronomia, Design, Moda, entre outros cursos na área de indústria têxtil e mineração". Diretamente envolvido com a criação da instituição, o padre João Medeiros Filho, que trabalhou no Ministério da Educação assessorando ministros e um dos responsáveis por levar o campus da UFRN para Caicó nos anos 1970, afirma que o diferencial pensado para a universidade é a oferta de cursos específicos, diferente do que acontece na UFRN e no Instituto Federal (IFRN) no município.

"O Seridó é rico em cultura e não há cursos voltados para a economia local", disse o padre. O procurador e presidente da Associação Seridoense de Criadores, Nivaldo Brum, considera a presença dessas instituições federais importante, mas apesar de oferecer cursos de níveis superior, técnico e médio, não cumprem uma necessidade importante, de oferecer cursos que mantenham o estudante na região durante sua formação e após terminar os estudos. O padre João Medeiros reconhece que para que a instituição se estabeleça na região, é necessário demanda social. Apoiador declarado do projeto da Universidade Federal do Seridó, o presidente da Câmara, o deputado federal Henrique Eduardo Alves, também participa da audiência de amanhã. O ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, também declara seu apoio ao projeto, assim como o governo do estado do RN declarou no último dia 28.


O projeto da universidade está no processo de criação do anteprojeto para então ser apresentado ao Ministério da Educação (MEC). Nessa parte do processo, cria-se um documento mostrando, por exemplo, a repercussão social local, os custos e a didática da instituição a ser criada, para que seja analisada a viabilidade do projeto. "Após a apresentação desse anteprojeto, deve-se definir a estrutura final da universidade, como os cursos a serem oferecidos, a estrutura pedagógica e a grade curricular", explica o padre João Medeiros Filho. Ele diz também que cabe ao MEC decidir se a universidade pode dispensar os cursos tradicionais e oferecer só os cursos específicos. "A universidade é um espaço crítico de formação e isso é necessário à Igreja de forma crítica e correta", disse ele. Apesar de trabalhar com "certa urgência", o padre afirma que esse processo completo, até a implementação efetiva da universidade, deve demorar em torno de  20 meses.

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