ROMPIMENTO
O deputado Henrique Alves concedeu entrevista hoje pela manhã e manteve o clima de insatisfação em relação ao Governo Rosalba Ciarlini. Tudo poderia parecer normal, já que o PMDB não visualiza sinais claros de mudança na condução política da gestão. A questão é ainda mais grave.
DIA SEGUINTE
A gravidade fica por conta da ordem cronológica dos acontecimentos recentes. Afinal, Henrique convidou a governadora Rosalba Ciarlini para uma reunião em sua casa, com o objetivo de pacificar a base governista; depois, o clima de rompimento havia sido substituído pelo prazo dado à mudança de rumo; na sexta, ele foi homenageado pela classe política, incluindo Rosalba; na segunda, solta o verbo contra a inércia governista.
DISCURSO
O posicionamento de Henrique Alves está amparado pelos pedidos públicos de mudança de comportamento na cúpula do Governo. Como todo mundo sabe que Carlos Augusto não muda e não aceita pressão, o caminho natural do PMDB é o afastamento, com pausa para a ‘independência’ e depois assume a oposição.
FUTURO
Caso o PMDB rompa oficialmente com o Governo Rosalba, será o começo do fim da gestão. Afinal, sem respaldo popular e a descrença até na classe política, o clima de irreversibilidade do desgaste e a conseqüente inviabilidade política-eleitoral, sepulta precocemente a administração que nunca se encontrou.
CULPADO
Um secretário de Estado conversou com a coluna e confirmou que o Governo está sem rumo e sem comando. Porém, ao invés de apontar a própria governadora como responsável pelo desgaste, afirmou que a culpa pelo engessamento da máquina é do ‘governador’ Carlos Augusto Rosado; e concluiu: “Se Carlos Augusto passasse uns seis meses longe do Governo, a coisa andava”. Será?
PRESÍDIO
A governadora Rosalba Ciarlini se reuniu com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Pediu a construção de novos presídios no RN, entre outras coisas. O detalhe é que, quando foi construído o presídio federal em Mossoró, a então senadora Rosalba Ciarlini criticou bastante o Governo Federal pela ‘obra’ e disse que iria aumentar a violência na região. E agora?
POSIÇÃO
O anúncio de rompimento do PV, hoje liderado no RN pelo senador Paulo Davim, com o Governo Rosalba Ciarlini, é mais grave do que se possa imaginar. Afinal, Davim praticamente coordenou a campanha da governadora na área médica e era um grande torcedor da gestão. Sua decepção como médico e político, é marcante.
PERDA
A ex-governadora Wilma de Faria perdeu a mãe, Dona Sally Faria neste final de semana. Amiga e confidente da vice-prefeita de Natal, Dona Sally foi procurada pela filha para opinar a respeito da decisão que mudaria a política do RN e a vida da então prefeita da capital. Wilma queria saber a opinião da mãe a respeito da renúncia para ser candidata a governadora. Ouviu de Dona Sally: “Escute seu coração e faça o que ele mandar”. Wilma renunciou e foi eleita governadora do Estado.
SECA
Os efeitos da seca que assola o RN são brutais no interior do Estado. Mas, curiosamente, o Governo do Estado deve achar que uma secretaria de Agricultura não tem tanta serventia assim. Afinal, já faz cinco meses que o cargo está vago, desde a saída de Betinho Rosado da pasta. Ou seja: para o Governo, secretário de Agricultura não faz nenhuma falta.
TEMPO
A comunicação das federações que atrapalhou o trabalho dos jornalistas no evento de Henrique Alves, exigiu tanto de quem foi trabalhar no local que esqueceu de fazer sua parte. Somente hoje, a imprensa recebeu um ‘release’ com as informações ‘quentíssimas’ do evento. Um delay considerável para a agilidade exigida.
DOCES E SALGADOS
A Prefeitura de Caicó vai abrir licitação para comprar 10 mil quilos de bolos e mais de 200 mil salgadinhos, entre coxinha, pastel e outros. O povo da nova gestão caicoense parece que gosta de festinhas.
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