Segundo o DNIT, o concreto que ameaçava cair foi retirado. Serão instaladas novas defensas. Previsão de concluir a obra: 14 de abril
Duas obras essenciais para a mobilidade na Região Metropolitana de Natal precisam de dinheiro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para sair do papel e não parar no meio do caminho: intervenções no gancho de Igapó (BR 101 Norte) e BR 304 (entre o viaduto Trampolim da Vitória e Reta Tabajara). Segundo o superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Estado, Ézio Gonçalves, ambas possuem recursos de emendas da bancada federal previstos, mas não seria o suficiente. Para Gonçalves, o recurso destinado por emendas parlamentares federais não é o ideal para obras que exigem grande vulto. "Uma emenda federal de R$ 1 ou 2 milhões pela saúde, educação e segurança resolve muito. Mas pra obra de infraestrutura não resolve", opinou.
No gancho de Igapó, serão construídos dois viadutos e um túnel na BR 101. O projeto estabelece também intervenção paisagística e de drenagem numa extensão de 2,3 quilômetros. Duas passarelas também serão construídas nas proximidades. O projeto executivo deve ficar pronto até o final do próximo mês. Só depois disso deverá ser feito o termo de referência. Em seguida, o edital de licitação deve ser lançado. O Superintendente do DNIT espera que até o final do primeiro semestre de 2013 as obras comecem. Já o projeto da reta Tabajara prevê 10 quilômetros de pista restaurados e uma duplicação em 16 quilômetros, mas faltam os recursos. Existe, no entanto, segundo Enzo Gonçalves, a possibilidade que essas obras entrem do PAC, depois de incluída como emenda. Dessa forma, segundo o superintendente, a obra tem recursos garantidos até a sua conclusão. "No caso de obras como essas, temos que transformá-las em PAC, porque com a rubrica PAC o recurso é garantido", acrescentou. Ézio acredita que ambas as obras só entrarão no Programa de Aceleração do Crescimento vigente com atuação de forças políticas. "Esse apoio é imprescindível", disse.
Uma das razões para o órgão ser um retrato da face deficiente do serviço público pode ser o número risível de servidores: 46 funcionários cobrem cerca de 2 mil quilômetros de rodovias federais no Estado com mais de R$ 400 milhões em obras contratadas. Na luta contra a burocracia, o Regime Diferenciado de Contrações (RDC - criado para Obras do PAC) pode auxiliar no tocante à celeridade, mas ainda não é suficiente para obras sejam realizadas na velocidade em que a sociedade espera e o crescimento populacional exige. No caso das passarelas de concreto de Neópolis, Potilândia, Mirassol e a passarela Estaiada de Parnamirim o investimento de R$ 1.187.214. As prometidas intervenções nas marginais da BR 101, entre Natal e Parnamirim, também são exemplos da dificuldade do DNIT em transpor obras do papel para a realidade. Há 11 anos, o projeto de duplicação da rodovia foi elaborado. O Exército Brasileiro anunciou sua retirada da obra há mais de seis meses.
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