Os policiais da Dehom começaram o trabalho de investigação ontem pela manhã, quando a cena do crime já tinha sido modificada/tnonline
A polícia polícia identificou o proprietário do veículo utilizado pelo suspeito de assassinar o advogado Antônio Carlos de Souza Oliveira, de 41 anos, na noite da quinta-feira. O Doblò, de placas MMW-6343, pertencia a um policial civil, mas foi recentemente vendido. O alvo da polícia agora é o novo dono do veículo, que ainda está sendo procurado. “Hoje ninguém dorme. Vamos entrar a noite neste caso”, afirmou o delegado Roberto Andrade, um dos titulares da Delegacia de Homicídios e responsável por apurar o crime. Questionado se a morte do advogado tinha relação com os casos que investigava e, em especial, com o caso Anderson Miguel, o delegado disse que ainda é muito cedo para apontar um direcionamento. Antônio Carlos defendeu a ex-mulher de Miguel, Jane Alves, nas investigações da Polícia Federal acerca de fraudes em licitações no Estado, no governo Wilma de Faria. Apesar da designação de um delegado especial para a investigação do homicídio, a polícia tem dificuldades com relação às primeiras informações coletadas no local do crime. O Boletim de Ocorrência chegou à Especializada em Homicídios na manhã de ontem, com informações básicas sobre o assassinato que dizem respeito ao lugar onde aconteceu, à identificação da vítima e ao horário, num relato sobre o ocorrido.
O tenente Ian Styvenson, oficial do 9º Batalhão da Polícia Militar, estava de serviço na quinta-feira, e foi o responsável pelo isolamento da área para a realização da perícia técnica. Mas parece que a coleta de provas não foi satisfatória. Já por volta das 2h30, quatro horas após o homicídio, a guarnição foi novamente acionada pelo Instituto Técnico-científico de Polícia (Itep) para um novo isolamento na cena do crime. A justificativa foi que a primeira perícia não foi feita de maneira adequada. A PM foi novamente ao Binos Bar, onde advogado foi assassinado, mas o estabelecimento estava fechado e não foi possível adentrar no banheiro, lugar em que foi encontrado o corpo, inviabilizando a nova perícia. Ontem pela manhã, a reportagem foi até o local e pôde ver que o banheiro havia sido lavado. Não havia mais manchas de sangue e todo o cenário havia sido desconfigurado. Foi depois dessas falhas que o trabalho dos policiais da Dehom começou. Algumas equipes da DP estiveram nas proximidades do Binos Bar para interrogar as testemunhas, mas não obtiveram muitas informações, dado o medo dos moradores.
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