Presidente da Adepol comentou a situação das delegacias no interior e reiterou a necessidade da convocação de novos agentes e escrivães. (Foto: Alberto Leandro)
Após a decisão do juiz Luiz Alberto Dantas Filho, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Natal, em que desautoriza os delegados de Polícia Civil a custodiar presos nas Delegacias de Polícia, os delegados aguardam a definição para onde mandar os presos após a lavratura da prisão. Segundo a presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil do Rio Grande do Norte (Adepol), Ana Cláudia Saraiva Gomes a situação das unidades prisionais do interior é crítica, pois não existe local para se mandar os presos, além do acúmulo de cidades por delegado.
“Hoje enfrentamos o problema de não ter para mandar os presos, pois após o flagrante ser lavrado nós não temos para onde mandar os presos e precisamos que o Estado cumpra a lei. Outra dificuldade é relacionada aos delegados que acumulam municípios e tem que estar em constante deslocamento de um plantão para o outro”, explica a presidente da Adepol. No interior do Rio Grande do Norte existe um total de 50 presos e os municípios que lideram em números são Areia Branca, Canguaretama e João Câmara. Já as cidades que ainda estão com as delegacias interditadas são Assu, Currais Novos e Caicó que não tem mais capacidade para receber presos.
Ana Cláudia Saraiva informou também que é necessária a nomeação de novos agentes e escrivães pra suprir a falta de pessoal na Polícia Civil que trabalha com menos de 30% do efetivo necessário para realizar o trabalho em todas as unidades da Policia Civil no estado. “É imprescindível a nomeação de novos agentes e escrivães pelo Governo do Estado para substituir os policiais militares nas delegacias, pois quem deve ser responsável pela condução das investigações da Policia Civil são os próprios agentes. Eles só se encontram lá devido a falta de profissionais e a situação é precária do nosso sistema”, explica a delegada.
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