Paralisação já congestiona trânsito na Avenida Rio Branco (Foto: Alberto Leandro)
Os motoristas de ônibus paralisaram o trânsito na Avenida Rio Branco próximo ao Viaduto do Baldo. O motivo é a insegurança vivida pelos trabalhadores após registrarem 13 assaltos neste fim de semana a transportes coletivos. A paralisação é de advertência e já provoca transtornos na região uma vez que os passageiros têm que descer dos veículos e seguir a pé para o Centro da cidade. O trânsito está lento no local e os motoristas reivindicam mais segurança para poder trafegar normalmente. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Passageiros do Rio Grande do Norte (Sintro/RN), Nastagnan Batista, os transportes foram assaltados de sexta ao domingo em regiões diferentes da cidade.
“Os motoristas foram assaltados na sexta-feira cinco vezes, sábado mais quatro e domingo mais quatro. Os motoristas estão com medo e muitos não querem trabalhar por não ter segurança alguma”, desabafa o presidente. O congestionamento no local já chegava até a Avenida Bernardo Vieira e muitos usuários reclamavam da paralisação e a forma como estava sendo realizada. Era o caso da dona de casa, Marlucia Melo de Souza, que necessitava tomar um medicamento para uma doença degenerativa e não tinha como ir para casa. “Estou desesperada aqui para ir para casa, porém ninguém aqui se mostrou preocupado com a minha situação. Fizeram uma parada dessas sem dizer nada, se eu soubesse poderia ter mudado minha rota e evitado este transtorno. Eles deveriam ter pensando numa paralisação que não incomodasse a população assim”, diz a usuária desesperada.
A dona de casa permaneceu no local aguardando o fim do protesto e tentou argumentar com alguns motoristas, porém não teve retorno algum. O clima no local era de tensão e os motoristas se mostravam apreensivos em circular pela cidade. Caso do motorista da empresa Oceano, Carlos Magno Silveira, que teve o ônibus que trabalha assaltado mais de uma vez. “É uma tensão ao entrar no ônibus da linha 160 B (Santa Rita / Ribeira, via ponte de Igapó) com medo dos assaltos, pois nós não temos como adivinhar quem é assaltante ou quem não é. Já fui vítima de quatro assaltos e os pontos mais visados são na Avenida Mário Negócio e no Quilômetro Seis em que os assaltantes agem rapidamente e fogem sem deixar vestígios”, diz o motorista. Carlos Magno informou também que utiliza o “botão do pânico” para acionar a Polícia, Militar, mas “nunca os policiais chegam a tempo para prender alguém”. Ele sugere o retorno das abordagens itinerantes e o acompanhamento da PM nas paradas mais perigosas. O tenente-coronel Alarico Azevedo, do Comando do Patrulhamento Metropolitano informou que irá se reunir com o sindicato e explicou que alguns ônibus inda não dispõe do dispositivo de segurança e que irá se reunir om os manifestantes para ver que medidas podem ser tomadas pela PM para dar mais segurança ao usuários e servidores do transporte urbano
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