Se estivesse em pleno funcionamento, a Indústria Medeiros S/A em Jardim do Seridó completaria em setembro próximo 77 anos de existência. A empresa chegou a figurar em 1976, entre as 12 empresas que mais recolhiam Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICM) no Rio Grande do Norte, fazendo com que o município se torna-se um dos pólos industriais mais importantes do Seridó e do Rio Grande do Norte a partir da segunda metade da década de 1970.
João Medeiros, o patriarca - Jardim do Seridó foi o mundo do Coronel João Medeiros, a terra onde ele aprendeu as leis naturais do trabalho e da convivência com os sertanejos. Em 1936 constituiu a firma Medeiros e Cia com máquinas usadas, compradas a usina Anderson Clayton, instalando em dezembro, daquele ano, a Usina Seridó para beneficiamento do algodão. Em 1940 o "Coronel João Medeiros" comprou a fazendo Tabajara, em Macaíba e aumentou o volume de negócios no comércio e na exportação de algodão.
Sempre guiado pelo instinto de comerciante foi dos primeiros a acreditar na exploração mineral no estado, investindo na exploração da scheelita chegando a ser sócio da Mineração Seridó, adquiriu novos maquinários para beneficiamento do caroço de algodão fabricando óleo comestível, lançando no mercado as marcas Algol e Mavioso, seguindo-se dois tipos de margarinas, Emoções e Paladar. Em 1967 abriu em Natal as confecções Soriedem S/A., fábrica de roupas, com uma filial em Jardim do Seridó, que funcionou até 1994. No local, na capital potiguar, onde funcionava a Soriedem está instalado hoje o Shopping "Via Direta", também de propriedades dos filhos de João Medeiros. Ele morreu em Natal em 1971, aos 83 anos de idade, vítima de enfarte, deixando como legado a família, uma história de luta e de realizações.
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