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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

COLUNA DE TULIO LEMOS DO JORNAL DE HOJE…

MOVIMENTO
Os possíveis candidatos ao pleito majoritário de 2014, parece que ficaram ‘excitados’ com o rompimento do PMDB com o Governo Rosalba Ciarlini e passaram a se movimentar mais, se reunir, conversar e tentar definir a formação de chapas para o próximo ano.

CANDIDATURA
A ex-governadora Wilma de Faria, a mesma que reclamou que a imprensa é que gostava de falar em política; pois ela estava preocupada com o futuro do Estado, se reuniu ontem à tarde com a turma do PSB da Grande Natal para falar sobre… Política, eleição, candidatura. O futuro do RN, para ela e seu povo.

PODER
Wilma tratou de manter acesa a chama de poder que alimenta parte de seu exército. Afinal, as viúvas de Wilma sonham em retomar o Governo do RN, onde mandaram por oito anos. Do ponto de vista estratégico, a mãe de Lauro faz a coisa certa. Afinal, é forte eleitoralmente e dispõe de um partido que pode lhe respaldar em uma eventual candidatura. Sumir da mesa de negociações por conta própria antes de começar o jogo do poder, não é adequado para quem tem um potencial histórico importante como o de Wilma.

APOIO
O vice-governador Robinson Faria teme ser excluído das conversas e negociações. Os apoios que acha que dispõe, Wilma e Carlos Eduardo, são tão frágeis quanto a palavra de ambos. Sonha com o respaldo do PMDB, que sonha em ter o apoio do pai de Fábio para um Alves. Rompido com Rosalba, Robinson não conseguiu ser a antítese de sua desastrosa gestão, nem ainda revelou como poderá mudar a realidade do RN caso assuma no lugar da mulher de Carlos Augusto. A seu favor, a vontade explícita de ser candidato e o destemor diante da disputa.

RENÚNCIA
Carlos Eduardo conseguiu ser eleito prefeito de Natal por obra e graça de sua sucessora Micarla de Sousa. Diante do caos promovido por Rosalba, sonha em ocupar seu lugar. Para isso, precisa renunciar em abril e entregar a Prefeitura a Wilma, sem garantia de sucesso ou de retorno. O risco é muito maior que o suposto benefício. Pela idade, caso faça uma boa gestão, certamente mais adiante poderá ocupar o lugar que sonha, de líder estadual.

FAMÍLIA
A família Alves está fortalecida na política local e nacional. Sem novos quadros, o PMDB é restrito a três integrantes da família que poderiam disputar a majoritária. Garibaldi Filho, o mais forte, não nutre nenhum desejo de voltar ao problemático gabinete de governador; a saúde também não ajuda e o sacrifício não compensa. Para ser candidato, teria que renunciar ao cargo de ministro em abril. É o único sincero quando diz que não quer. Os demais falseiam.

FAMÍLIA II
O filho de Garibaldi, Walter Alves, é a tentativa de renovação da família Alves, que não teria tantas dificuldades para enfrentar as urnas majoritárias pelo fato de não haver desgaste em relação ao seu nome, mas o fato de ser novo demais também pode remeter ao desastre de Micarla e prejudicar sua pretensão. Seu primo Henrique não quer vê-lo no topo.

FAMÍLIA III
O outro integrante da família Alves com chances e vontade de ser candidato a governador é Henrique. Com a força de ser presidente da Câmara dos Deputados e influenciar na política nacional, o filho de Aluízio não herdou o carisma do pai e nem a humildade. A ausência dessas qualidades não é compensada pelo comprometimento com a palavra empenhada publicamente. Conhecido por cumprir compromissos junto aos políticos, o mesmo não ocorre em relação à população, o que tem prejudicado a construção de uma imagem mais consistente. O uso do avião chamuscou sua candidatura.

REELEIÇÃO
Paralelo a tudo isso, a governadora Rosalba Ciarlini, que não tem apoio popular, político e até seu partido reforça insatisfação, ainda sonha com a chegada de uma montanha de dinheiro capaz de mudar a cabeça do eleitorado, que não acredita em praticamente nada do que ela diz, diante das promessas feitas e jamais cumpridas. Mesmo considerada ‘carta fora do baralho’ sucessório, a Rosa tem um papel importante. Se for candidata à reeleição, o quadro é um; se desistir, é outro. Em ambos sua situação é a pior possível.

NOMES
Portanto, os nomes que ora encenam o teatro da sucessão, poderão se compor entre si, a partir da nitidez que o quadro passe a ser desenhado. Afinal, todos querem o poder; todos mentem entre si; não há confiança mútua e todos gostariam de ganhar mais pela desistência do outro do que pela valentia da conquista disputada. Ou seja: A sucessão de 2014 ainda vai precisar de mais que um jantar festivo para começar a ser realmente definida.

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