Em greve há 40 dias, Polícia Civil ameaça fechar atividades nas delegacias de plantão
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte começa a semana com 40 dias de greve, o segundo maior período de paralisação depois dos 56 dias da greve ocorrida no primeiro semestre de 2011, ameaçando parar com toda forma de atendimento à população, caso o governo estadual não reabra o diálogo com os grevistas. Até agora, a categoria até agora a Polícia Civil só vem realizando a lavratura de flagrante delito nas Delegacias de Plantão das Zonas Sul e Norte de Natal, enquanto os servidores do Instituto Técnico e Científico de Polícia (ITEP/RN) só realizam o recolhimento de pessoas mortas por acidentes de trânsito ou vítima da violência criminal.
O Sindicato da Polícia Civil do Rio Grande do Norte (SINPOL-RN) já avisou, que às 8 horas desta segunda-feira (16), categoria vai acampar em frente a Governadoria, no Centro Administrativo de Lagoa Nova, a fim de cobrar uma contraproposta do governo a respeito da flexibilização dos 16 itens da pauta de reivindicações da Policia Civil, que se encontra em greve desde o dia 6 de agosto, enquanto os servidores do ITEP/RN começaram a greve no dia 12 do mesmo mês. “A gente vai paralisar 100% se o governo não nos atender”, diz um servidores do ITEP, que prefere não ser identificado para não sofrer retaliações.
Já na noite de sexta-feira (13), a equipe de plantão do ITEP fez uma “operação tartaruga” em protesto contra a decisão do governo de não atender uma representação do SINPOL, recolhendo o corpo de duas pessoas atropeladas só no começo da madrugada do sábado (14), o ajudante de caminhão Lucinaldo Torres dos Santos, 36 anos, que foi colhido por um automóvel por volta das 23:50, no acesso ao Bairro Novo, em São José do Mipibu, onde também faleceu Romário Barros de Souza, acidente ocorrido no km 125,9 da rodovia federal BR-101.
Serviços
Enquanto a Polícia Civil não paralisa totalmente a prestação de serviços à população, os flagrantes delitos continuam sendo lavrados, por exemplo, na Delegacia de Plantão, onde, por volta das 10 horas de ontem, foi levado o costureiro Paulo Nicácio Cardoso de França, que foi preso pela Polícia Militar por porte ilegal de armas. Paulo Cardoso aparentava ter bebido, o que foi confirmado por uma irmã que não quis se identificar e disse que tinha comprado uma pistola 7.25, foi jogado durante a perseguição policial, mas não foi encontrado, para matar um desafeto, que já o tinha ameaçado de morte. “Estuprador é pra morrer mesmo, não tem vez não”, dizia ele, a respeito de um “tal de Sérgio”, que vive na casa de crianças na casa da sogra, no Vale Dourado.
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