O PCC (Primeiro Comando da Capital) criou um planejamento para matar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Escutas telefônicas revelam que, pelo menos desde 2011, a facção tem o desejo de matá-lo. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo. Segundo a publicação, um dos áudios tem um dos líderes do PCC, o preso Luís Henrique Fernandes, o LH, em conversa com dois outros integrantes da facção. O primeiro seria Rodrigo Felício, o Tiquinho, e o segundo era o integrante da cúpula do PCC, Fabiano Alves de Sousa, o Paca.
Na conversa, Paca questiona os sobre o que deveriam fazer. Ele manda os companheiros arrumarem “irmãos que não são pedidos (que não são procurados pela polícia) e treinar”. O objetivo do treinamento seria fazer um resgate de presos ou um ataque a autoridades. No meio das escutas LH afirma que o tráfico de drogas mantido pelo PCC passa por dificuldades. “Depois que esse governador (Alckmin) entrou aí o bagulho ficou doido mesmo. Você sabe de tudo o que aconteceu, cara, na época que ‘nois’ decretou ele (governador), então, hoje em dia, Secretário de Segurança Pública, Secretário de Administração, Comandante dos vermes (PM), estão todos contra ‘nois’.” A publicação revela que além dessas interceptações – datadas de 11 de agosto de 2011 – escutas recentes voltam a mencionar a ordem de matar o governador.
Marcola
Em uma conversa telefônica grampeada pela polícia, Marcola, chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital), afirmou que o número de homicídios caiu no estado de São Paulo porque a facção parou de matar tanto. O programa Manhã Bandeirantes, da Rádio Bandeirantes, transmitiu um trecho da gravação entre Marcola e Magrelo, um de seus subordinados.
“Há dez anos, todo mundo matava todo mundo por nada. Hoje, para matar alguém, é a maior burocracia [no PCC]. Então, quer dizer, os homicídios caíram não sei quantos por cento, aí eu vejo o governador chegar lá e falar que foi ele”, disse a Magrelo, por telefone enquanto cumpria pena na prisão em Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. A gravação, feita pela polícia, é de 2 de março de 2011. Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, foi condenado pelos ataques à polícia em 2006 e pelo assassinato, em março de 2003, do juiz Antônio José Machado Dias, da Vara de Execuções Penais de Presidente Prudente.
Fonte: BAND
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