Estudo do Sebrae/RN atesta identidade entre o produto e a região Seridó (Foto: Giovanni Sergio)
Após a concessão de Indicação Geográfica do Melão de Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte, o estado poderá contar com um segundo produto certificado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Já está em andamento o processo de pedido para registro de Indicação Geográfica do tradicional Bordado do Seridó. O trabalho das bordadeiras da Região do Seridó para pleitear a Indicação Geográfica teve início em 2011. O Serviço Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do RN realizou estudo que comprova a relação do bordado com a identidade da região. A expectativa é de que ainda no próximo ano as bordadeiras sejam contempladas com o certificado. Segundo a gerente da Unidade de Inovação e Tecnologia do Sebrae Nacional, Hilda Oliveira, a Indicação Geográfica é tratada como prioridade. Para isso, a entidade acaba de aprovar projeto que prevê investimento na ordem de R$ 8 milhões para apoio ao mecanismo que prevê proteção e promoção local.
“Vamos investir nos próximos dois anos um total de R$ 8 milhões através do apoio a novas Indicações Geográficas e àquelas já existentes. Temos o tema como prioridade, pois sabemos da importância que uma IG representa”, destaca. Desde 2008, o Sebrae desenvolve o trabalho de apoio aos registros de Indicação Geográfica. Ao todo, 17 pedidos foram feitos junto ao INPI, com a concessão a onze deles. A Indicação de Procedência do Melão de Mossoró é a 12ª Indicação Geográfica concedida pelo INPI na região Nordeste. Número que, segundo o chefe da Regional Nordeste da entidade, Alberto Moreira, ainda é pequeno. Segundo ele, apesar do potencial existente, a cultura de disseminação do tema precisa ser mais difundida. “O apoio de entidades como o Sebrae está sendo decisivo para que possamos melhor disseminar o tema da Indicação Geográfica. Mas ainda precisamos ter de forma mais presente a cultura de disseminação do tema, pois temos um grande potencial e um número pequeno de concessões”, avalia.
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