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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

DILMA ROUSSEFF NÃO QUER QUE A PEC300 SEJA COLOCADA EM VOTAÇÃO

Dilma quer evitar contratempos em votações que  comprometam contas públicas Planalto tenta  barrar pauta-bomba na Câmara O Palácio do  Planalto começou a atuar na noite desta segunda-feira (4) para desarmar um  conjunto de bombas fiscais engatilhado pela Câmara dos Deputados que, se for  aprovado, terá forte impacto nas finanças públicas. Numa reunião comandada pela ministra Gleisi  Hoffmann (Casa Civil) ao lado da colega Ideli Salvatti (Relações  Institucionais), o governo cobrou unidade da base, a manutenção dos acordos  firmados pelos aliados e a derrubada da pauta-bomba. O ministro Guido Mantega (Fazenda) foi escalado  para apresentar nesta terça-feira (5) aos líderes, durante almoço no Planalto,  um balanço com os custos da aprovação das matérias para os cofres da união. O  valor ainda não foi revelado, mas seria bilionário segundo os líderes  governistas.

Entre os principais alvos de tensão do palácio  estão, além de projeto que estabelece piso para agentes comunitários de saúde, a  PEC 300, proposta de emenda constitucional que cria um piso nacional para  policiais civis, militares e bombeiros, a PEC 555, que isenta servidores  públicos aposentados de contribuição previdenciária, e o reajuste do subsídio do  Judiciário. “A preocupação é uma só: tem a ver com a  responsabilidade. Não tem condição de ficar ampliando despesa se não tiver a  receita, é a regra de qualquer ser humano, qualquer pai, mãe de família sabe que  não pode, não deve gastar mais do que ganha. Isso serve pras pessoas, pras  famílias e serve pros governos”, disse Ideli após o encontro. Na reunião, Gleisi teria feito um duro discurso,  sendo taxativa contra a pauta-bomba. Ela fez uma defesa das contas públicas, mas  rejeitou novos aumentos. “Não dá, não dá, não dá”. Alguns líderes chegaram a  reclamar da postura do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN),  responsável por montar a pauta, e sugeriram uma conversa do governo com o  peemedebista.

No encontro, também foi questionada mudança de  postura de líderes que, pressionados pelas galerias da Câmara lotadas por  representantes de setores, abandonam o governo. Há duas semanas, isso ocorreu na  votação que acelerou a tramitação do projeto do piso dos agentes de saúde que  isolou PT e PMDB e impôs uma derrota ao governo que queria bloquear a  votação. O governo indicou que aceita negociar até o piso  para agentes de saúde. A ideia é manter o atual repasse do governo que é de R$  950, mas vetar a vinculação do reajuste na lei. Atualmente, o governo gasta  R$3,4 bilhões com o repasse. Se for aprovado o projeto da forma como está na  Câmara, elevando o piso para R$1.200, o gasto iria para R$4,5  bilhões. Outro entendimento que deve ser fechado nos  próximos dias é um texto alternativo a uma PEC (proposta de emenda à  Constituição) que concede aos chamados soldados da borracha aposentadoria ou  pensão especial. Esses trabalhadores foram levados, principalmente do Nordeste,  para o Norte durante o ciclo da borracha, nos anos 1940. A orientação do Planalto aos aliados foi manter a  pauta da Câmara trancada por até três semanas, já que está bloqueada com a  prioridade do projeto que cria o Marco Civil da Internet. “A gente precisa ter essa consciência de que a  pauta do fim do mundo vai à contramão do que a ministra Ideli colocou para nós”,  disse o líder do PT, José Guimarães (CE). O líder do Pros, Givaldo Carimbão  (AL), reforçou o discurso. “Não pode mais ter essa pauta destrambelhada. O  governo quer organizar a posição dos aliados”, completou. Segundo o líder do PP, Eduardo da Fonte (PE), o  Planalto quer evitar pauta surpresa. “O governo quer mais unidade e chegar  afinado na votação em plenário para não ser surpreendido”.

Fontes: Folha de São Paulo/Globo

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