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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

UM INSTANTE COM JOÃO FAUSTINO POR ALUÍSIO LACERDA...

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A vida nos prega muitas surpresas. A morte de João Faustino – pelas circunstâncias como os fatos ocorreram – foi um choque para familiares e a legião de amigos.

Não privei de sua amizade, nosso relacionamento era profissional, mas era tratado por ele como se íntimo fosse.

Educador, administrador e político, Faustino tinha como marca a capacidade de superação, de perdoar (deixou um livro sobre o tema).

Nosso primeiro contato foi no Palácio Potengi, governo de Tarcísio Maia, salão nobre lotado, presença de dois ministros de Estado, dirigentes de estatais e muitos convênios para assinar.

Eu dava os primeiros passos no jornalismo da capital (A República/RN Econômico/Diário de Natal mais adiante).

Faustino traduzia para o jovem repórter – de forma educada e professoral – os decretos e convênios ali firmados. E as prometidas repercussões na economia potiguar.

Fiz uma única pergunta após anotar tudo:

– O senhor acredita na liberação e transferencia de tantos recursos?

Ouvindo a conversa e com a língua coçando, o senador Dinarte Mariz segurou o braço de João e pediu licença para responder:

– Meu filho, se 10% dessa montanha de dinheiro for transferida o Rio Grande do Norte estará salvo.

Faustino apenas sorriu.

E o editor do meu texto cortou este diálogo.

Eram os Anos de Chumbo.

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