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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

POLÍCIA DA ITÁLIA PRENDE PIZZOLATO COM DOCUMENTO DE UM IRMÃO QUE MORREU

.Está preso na Itália, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Depois da condenação no julgamento do mensalão, ele fugiu do Brasil para não ser preso e era procurado pela Polícia Federal e pela Interpol desde o dia 15 de novembro. De acordo com a Polícia Federal, Henrique Pizzolato foi preso por policiais italianos com o passaporte de Celso Pizzolato, irmão dele que morreu há 36 anos. A foto que aparece no documento é do foragido. Pizzolato foi preso em Maranelo, norte da Itália, onde estava hospedado na casa de um sobrinho. “No momento da abordagem, ele se identificou como Celso Pizzolato. Mostrou uma carteira de identidade em nome de Celso Pizzolato, além de passaporte em nome de Celso Pizzolato, mas depois de algum tempo de interrogatório, ele terminou confessando que ele é realmente o senhor Henrique Pizzolato”, relata Luiz Cravo Dorea, coordenador geral de cooperação inter. PF. Segundo investigadores, Pizzolato fugiu do Brasil, de carro, até a Argentina, onde chegou no dia 11 de setembro do ano passado. No dia seguinte, seguiu de avião até Barcelona, na Espanha. E depois, foi para a Itália, ainda não se sabe como.

A Polícia Federal desvendou a rota da fuga porque no Aeroporto de Buenos Aires, para embarcar para o exterior, todo passageiro precisa tirar uma foto e deixar a digital registrada. Há dois dias, os investigadores descobriram que uma pessoa chamada Celso Pizzolato tinha ido para a Europa. Mas a digital e a foto que ficaram no arquivo eram de Henrique Pizzolato.  A polícia emitiu, então, um alerta vermelho mundial, em nome de Celso Pizzolato e o ex-diretor do Banco do Brasil foi localizado na Itália.  A Polícia Federal descobriu que Henrique Pizzolato tirou carteira de identidade, título de eleitor e CPF em nome do irmão em 2007, em Santa Catarina. Em 2008, ele usou esses documentos para tirar um passaporte brasileiro, se passando pelo irmão morto. O mandado de prisão contra Pizzolato foi emitido em novembro, dois meses depois da fuga. Em uma carta, o ex-diretor do Banco do Brasil dizia que tinha sido injustiçado e que iria buscar um novo julgamento na Itália.

Henrique Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. O Supremo Tribunal Federal entendeu que ele autorizou repasses irregulares de dinheiro público do Banco do Brasil para as empresas de Marcos Valério, operador do esquema. Segundo o advogado criminalista Ticiano Figueiredo, a fuga não muda a situação de Pizzolato no Brasil. “Uma vez que esse condenado sequer começou a cumprir pena pela qual foi condenado, essa fuga não pode influenciar o juiz, o magistrado na análise futura de eventual progressão de regime”, explica. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta quarta-feira (5) que o Brasil irá pedir que Pizzolato seja trazido de volta. “Serão tomadas as medidas necessárias ao desencadear do processo de extradição”, declarou. As medidas a que o ministro Cardozo se refere, pela lei, começam na Procuradoria Geral da República. O procurador precisa acionar o Ministério da Justiça e o Supremo Tribunal Federal.

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