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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

CÂMARA APROVA AUMENTO DO FPM

Lideranças partidárias discutem com Henrique Alves pauta de votação da Câmara dos Deputados
Lideranças partidárias discutem com Henrique Alves pauta de votação da Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados aprovou ontem, em primeiro turno e por unanimidade dos 368 parlamentares presentes em plenário, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 426/14, oriunda do Senado, que aumenta em um ponto percentual a fatia dos municípios no repasse de recursos do Fundo de Participação. De acordo com a proposta aprovada, em julho de 2015 passa a vigorar metade (0,5%) no novo repasse e, em julho de 2016, a outra metade será incorporada. A matéria precisa passar ainda por um segundo turno de votação, ante de ser promulgado. Pelo sistema atual de distribuição dos recursos, as prefeituras ficam com 23,5% da arrecadação de Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), os dois tributos que compõem o fundo de Participação. Além disso, o Tesouro retém 1%  que são repassados no início de dezembro para reforçar o pagamento do 13º dos servidores municipais.

A proposta foi colocada em votação ontem conforme prometera o presidente da Câmara, deputado Henrique Alves. No final do ano passado Henrique, em companhia do presidente do Senado, Renan Calheiros, participou de uma reunião do movimento municipalista em Natal e uma das principais reivindicações era o aumento do FPM, mas num patamar maior: 2%. No entanto, diante da resistência do Palácio do Planalto, eles aceitaram um reajuste menor. “Não é o ideal, mas é um avanço”, disse  Henrique. Pelos cálculos da Confederação Nacional dos Municípios, as prefeituras deixaram de receber, entre 1995 e 2002, R$ 276 bilhões em função de mudanças na sistemática de distribuição de recursos que privilegiou a União em detrimento dos municípios que, a partir da promulgação da Constituição Federal, em 1988, passou a ter uma carga maior de responsabilidades na prestação de serviços à comunidade. Uma outra sangria apontada pelos municipalistas são as sucessivas desonerações do IPI promovida pelo governo federal para salvar a indústria automobilística.

Os municipalistas calculam que a medida terá impacto de R$ 2,3 bilhões no ano que vem e de R$ 4,6 bilhões em 2016. O Plenário também aprovou a Medida Provisória 657/14, que torna privativo dos delegados da carreira o cargo de diretor-geral da Polícia Federal. Até o fechamento desta edição, os deputados discutiam os destaques apresentados ao texto e sobre emendas.  As emendas propõem mudanças em outras carreiras da PF, como a dos peritos, e a dos delegados da Polícia Civil do Distrito Federal, que é sustentada financeiramente pela União. Os líderes partidários decidiram adiar para a próxima semana a votação da Proposta de Emenda à Constituição 358/ 13,conhecida como PEC do Orçamento Impositivo. A intenção de Henrique era votar o texto nesta semana, mas a maioria dos líderes pediu mais tempo para negociar um acordo e evitar disputas no Plenário.

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