Adriano Abreu/Judiciário potiguar pode passar por greve de funcionários
No primeiro dia de trabalho após a divulgação dos cortes que serão implementados no Judiciário do Rio Grande do Norte, servidores do Poder demonstravam apreensão com a possibilidade de perda dos benefícios. Com audiência marcada para a quarta-feira (14), os servidores colocarão em discussão a possibilidade de greve no setor. Nas secretarias, com os diretores dispensados das funções, o clima estava tenso, mas ainda não foi possível ter uma ideia do impacto real que a medida causará nos serviços do Judiciário. O motivo é que, apesar do retorno das atividades após o fim do recesso, os prazos para os advogados estão automaticamente estendidos até o dia 20 desse mês. Apesar disso, a decisão do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Cláudio Santos, cortando benefícios de vários níveis de servidores, surpreendeu a todos.
O diretor da Comarca de Natal, juiz Madson Ottoni Rodrigues, disse que a medida não era esperada pelos magistrados, principalmente com a dispensa dos diretores de secretarias. "Pegou todos nós de surpresa", disse, confirmando que ainda não está definida como ou se haverá substituição na função de diretores de secretarias. Além do fim dessa gratificação, os servidores do TJRN aguardam decisões sobre outras medidas anunciadas, como fim de adicional por tempo de serviço e de gratificação de técnico por nível superior. Por isso, os servidores agendaram assembleia na praça 7 de setembro, durante a reunião do pleno do TJRN, pela manhã. Dependendo do resultado da discussão entre os desembargadores sobre as medidas de contenção de despesas, os servidores de carreira cogitam a votação de um indicativo de greve. No dia 9 desse mês, o desembargador Cláudio Santos anunciou oito medidas para cortar gastos no Judiciário potiguar, mas não cogitou a possibilidade de não implementar reajuste aos magistrados. As medidas visam, entre outras coisas, fim de gratificações, extinção do adicional de tempo de serviço e redução de contratos de terceirização. Algumas das ações ainda deverão ser discutidas junto à Corte e encaminhadas para a Assembleia Legislativa como projeto de lei.
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