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segunda-feira, 23 de março de 2015

COLUNA DE TULIO LEMOS DO JORNAL DE HOJE...

PRORROGAÇÃO
O ex-deputado Henrique Alves quebrou o silêncio pós eleição e se pronunciou a respeito da reforma política. Em seu twitter, o marido de Laurita bate nos prefeitos: “Infeliz iniciativa da FEMURN em pedir,em benefício próprio, prorrogação mandatos atuais prefeitos.Tb desinformação. Pq chance zero aprovação”.

GOLPE
Em entrevista a O Jornal de Hoje, Henrique diz que prorrogação de mandato é golpe e que isso só foi feito na época da Ditadura. Pelo conhecimento que tem do Congresso, o filho de Aluízio sabe o que está dizendo, especialmente quando sinaliza que não há clima para prorrogação na votação da reforma política.

GOLPE II
Está correta a posição do ex-deputado Henrique Alves quando se refere a um golpe proposto por prefeitos e vereadores. O pior é que os gestores vivem reclamando da situação de dificuldade dos municípios e querem mais dois anos. Situação paradoxal. Eles precisam decidir: Ou está ruim e vou entregar; ou está muito bom e quero mais.

APOIOS
O que chama a atenção em relação ao fato de Henrique ter sido totalmente contrário ao pleito dos prefeitos, que querem a prorrogação, é que o presidente do PMDB recebeu apoio da grande maioria dos prefeitos do RN na eleição do ano passado. Será que Henrique teria expressado publicamente essa mesma posição em 2014?

LUTA
A reforma política vai sair por força da insatisfação popular, independente da pressão exercida pelos prefeitos. O que os gestores precisam é lutar pela divisão mais justa do bolo tributário nacional. É necessário sair da condição de pedinte para a de independente.

FATALIDADE?
O caso do rapaz que foi sugado por um buraco em Mãe Luíza pode não ser creditado na conta da fatalidade. O local é integrante da obra de drenagem e recuperação da área após o deslizamento de terra. Já há quem veja responsabilidade da empresa contratada e omissão da Prefeitura de Natal na morte do rapaz.

GREVE
A paralisação dos servidores do Poder Judiciário precisa ser vista sob outros ângulos. O Sindicato que representa os servidores vem cometendo alguns erros de estratégia na condução do movimento.

OMISSÃO
Quando o presidente do TJ, Cláudio Santos, falou que existia servidor que ganha R$ 18 mil por mês, o Sindicato não provou o contrário. Até porque o desembargador falou a verdade, mas omitiu os detalhes que levaram ao alto salário do servidor. O que faltou foi o próprio Sindicato mostrar dezenas de contra-cheques com valores bem inferiores. Não fez.

PESSOAL
Ao invés de mostrar os contra-cheques dos servidores com salários abaixo do que foi mencionado pelo presidente do TJ, o Sindicato partiu para o ataque contra a esposa do desembargador, que ficou parecido com ataque pessoal.

MAGISTRADOS
Outro erro estratégico do Sindicato dos servidores do Judiciário foi não ter conquistado o apoio de juízes e da OAB, que representa os advogados. Os magistrados sofrem diretamente as consequências de um serviço prestado pela metade ou desestimulado; os advogados também, inclusive com prejuízos financeiros. Em alguns casos, só recebem o pagamento após algum resultado do processo na Justiça.

ADVERSÁRIOS
Além de não contar com o apoio dos juízes, que poderiam pressionar o Tribunal, o Sindicato partiu para um confronto direto com os magistrados e tentou comparar as situações salariais com ataques ao que consideram ‘privilégios’. Resultado: Associação de Magistrados assumiu posição oficial contra o Sindicato.

ESTRATÉGIA
Portanto, é preciso saber que um movimento precisa de estratégias para se consolidar e conquistar resultado positivo. Independente da legitimidade das reivindicações, os erros do Sindicato dos servidores do Judiciário terminaram prejudicando o próprio movimento.

FUTURO
O Sindicato precisa reverter a perdida batalha da comunicação, rever posicionamentos agressivos e buscar apoios na magistratura e na advocacia, reconhecendo erros e justificando legitimidade e necessidade de suas reivindicações. Ainda há tempo para isso. É só ter humildade e partir para ação.

URBANA
A situação da Urbana em relação à licitação milionária da limpeza pública de Natal é cada vez mais complicada. Dificilmente o Judiciário terá como justificar a manutenção de um contrato sob suspeita de favorecimento, superfaturamento e fraudes.

ASSESSORIA
O material enviado pela assessoria de imprensa do senador Garibaldi Filho e do deputado Walter Alves tem sido sofrível. Fotos desfocadas e textos totalmente sem sentido e sem informação, prejudicam a repercussão do trabalho de dois políticos de acesso fácil. Detalhe: Quem fazia a assessoria para Garibaldi era o competente jornalista Filipe Mamede, que foi dispensado e hoje trabalha para o deputado Galeno Torquato. Em Brasília, quem assina hoje os releases do federal Walter Alves é Francisco Morbeck.

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