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segunda-feira, 16 de março de 2015

RN:PRESOS FAZEM NOVOS MOTINS EM ALCAÇUZ E JOÃO CHAVES

Complexo Penal João Chaves ficou com celas totalmente destruídas
Complexo Penal João Chaves ficou com celas totalmente destruídas/Magnus Nascimento

As rebeliões nos presídios do Rio Grande do Norte continuam. No fim da manhã de hoje (16), detentos dos presídios de Alcaçuz e João Chaves iniciaram os motins. Ainda não há a confirmação sobre quais os motivos para o movimento. Na zona Norte de Natal, um agente ficou ferido e um preso precisou de atendimento médico.

De acordo com a diretora do presídio de Alcaçuz, Dinorá Simas, os presos dos pavilhões 2 e 3 estão realizando o motim. Não há a confirmação se algo foi destruído dentro da unidade, mas houve agitação e os detentos bateram nas grades da unidade. A Polícia Militar foi acionada para conter os ânimos. Já os presos do regime semiaberto do Complexo Penal Dr. João Chaves, na zona Norte de Natal, iniciaram um motim por volta das 11h30. Os detentos atearam fogo aos colchões e quebraram as grades de todas as celas. A unidade abriga, atualmente, 150 homens entre os que cumprem regime fechado e semiaberto.

Grades das celas da João Chaves foram arrancadas pelos detentos
Grades das celas da João Chaves foram arrancadas pelos detentos/Magnus Nascimento

De acordo com o major Fábio Araújo, da Polícia Militar, os rebelados foram contidos pelo Grupo de Operações Especiais dos Agentes Penitenciários e foram colocados num pátio. Com as celas destruídas, não há possibilidade de recolocá-los no local.  O diretor da unidade prisional, José Janailson de Souza, disse que as dez celas dos dois pavilhões estão completamente destruídas. "Não tem mais condições de ficar aqui. Está tudo destruído. Não tem nada inteiro", relatou, afirmando ainda que o Setor de Triagem foi parcialmente destruído. 

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Segundo informações apuradas pelos agentes penitenciários e pela direção da unidade prisional, o motim tem ligação com o de Alcaçuz. Homens da Força Nacional foram enviados ao local para reforçar a segurança. De acordo com José Janailson de Souza, o juiz de Execuções Penais, Henrique Baltazar, saiu do Prédio do semiaberto minutos antes do motim começar. O magistrado estava em audiência no local com alguns presos. A Coape ainda não informou se irá transferir e para quais unidades mandará os amotinados. Durante o motim, um agente penitenciário foi atingido por uma pedra no rosto e socorrido ao Hospital Santa Catarina. Um preso sofreu uma crise asmática, por causa da fumaça inalada com a queima dos colchões. O major Fábio Araújo confirmou que nenhum preso conseguiu fugir e a guarda externa atuou logo que o motim começou.

Rebeliões

Desde a semana passada que os presídios do estado têm passado por rebeliões. Os presos de várias unidades cobram, entre outras coisas, a troca dos comandos das penitenciárias. Na quinta-feira (12), inclusive, os detentos realizaram manifestações simultâneas em três unidades.

"As estruturas em si não oferecem condições e, estando depredadas colocam ainda mais em risco a vida dos agentes penitenciários. Estamos cobrando do Governo uma resposta imediata ou então a sociedade vai pagar um preço alto. A qualquer momento, o Estado pode perder o controle geral das penitenciárias. Estamos em uma crise", afirma Vilma Batista, presidente do Sindasp-RN.  Ainda não se sabe os reais prejuízos das rrebeliões desta segunda-feira, mas a situação nas unidades é crítica, tendo em vista que, na semana passada, outras rebeliões foram promovidas pelos presos.

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