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segunda-feira, 20 de abril de 2015

COLUNA DE TULIO LEMOS DO JORNAL DE HOJE ONLINE…

FUTURO
Não é por acaso que o deputado federal Walter Alves quer abrir, neste momento, o debate sobre a adesão ou não ao governo Carlos Eduardo. Com baixa aceitação no passado recente, a união da família Alves ganha força devido às últimas notícias, como a da pesquisa divulgada pela Consult (a mesma que trabalhou para Henrique Alves na última eleição) dando uma boa aprovação para a gestão municipal do prefeito do PDT.

FORÇA
Mas não é só. Neste momento, o PMDB está em alta, com a indicação de Henrique para o Ministério do Turismo, e chega para o Carlos Eduardo com maior poder de barganha. A Secretaria Municipal de Turismo, posto já prometido para Henrique caso ele se confirmasse como ministro, poderia não ser a única oferta do prefeito para ter ao seu lado os peemedebistas agora e no futuro – sobretudo, nas eleições de 2016.

2016
Afinal, tudo o que for decidido neste momento vai repercutir diretamente no futuro do partido. A margem de manobra – cerca de um ano até o início das convenções – é muito estreita para enfrentar o desgaste de aderir a uma gestão a qual ele foi o principal adversário na última eleição e, ainda, romper com ela para lançar candidatura própria.

POSIÇÃO
De qualquer forma, o fato é que, antes de começar, oficialmente, o debate no PMDB, já é possível observar bem quem quer e quem não quer a união das siglas. As principais lideranças partidárias, como Henrique e Garibaldi Filho, por exemplo, querem. Obvio: são eles os responsáveis pelas indicações para a maioria dos cargos que o prefeito oferecer na gestão municipal.

POSIÇÃO II
Enquanto isso, os vereadores e os deputados são contra. Os parlamentares municipais, principalmente. Eles sabem que, com Carlos Eduardo, é quase impossível conversar, negociar e ter atendido seus pleitos. Os secretários nem os recebem. Não atendem requerimentos e nem executam emendas. E os cargos que eles ganhariam com uma adesão peemedebista, deverão ser bastante reduzidos. A relação “custo-benefício” da adesão a gestão municipal não parece ser interessante e, para eles, é melhor manter a independência para, lá na frente, ter um eventual poder de barganha individual.

ADESÃO
Apesar da resistência, provavelmente, os vereadores deverão ser voto vencido no debate. Garibaldi e Henrique não tornariam públicas suas opiniões se corressem o risco de ter que voltar atrás lá na frente. A adesão deve se confirmar. Se isso será bom para o PMDB, para o PDT ou para ambos, só a eleição de 2016 vai dizer.

SUBSTITUIÇÃO
Consequentemente, inclusive, essa adesão peemedebista deverá significar, também, a perda de espaços do PSB na gestão municipal. A começar pela presidente da sigla no RN, Wilma de Faria, que deverá perder a cadeira de vice-prefeita na próxima eleição. Se ela não for substituída por um nome do PMDB, deverá ser trocada por qualquer outro, de uma sigla diferente, com o objetivo de conseguir apoios mais interessantes. Carlos Eduardo sabe que Wilma está enfraquecida depois das últimas eleições.

REPETIÇÃO
É evidente que muita coisa pode mudar até o pleito de 2016. Candidaturas podem surgir e alguns nomes atuais podem cair. Contudo, ao que parece, teremos uma repetição do pleito de 2014. De um lado, Robinson e Fátima Bezerra apoiando o nome de Fernando Mineiro. Do outro, Henrique e Garibaldi querendo a reeleição de Carlos Eduardo Alves.

DISCURSO
Diante dessa futura disputa entre PMDB e PT, inclusive, fica a dúvida sobre a postura de Henrique Eduardo Alves. Ministro do governo Dilma, ele vai propagandear as ações da gestão federal no RN mesmo sabendo que isso pode fortalecer a popularidade petista e se refletir, lá na frente, na candidatura de Mineiro? Ainda mais sabendo que, caso eleito, Mineiro levará o PMDB para a oposição municipal e estadual?

MPRN
Quem leu a entrevista publicada no último sábado, do procurador-geral de justiça Rinaldo Reis, reeleito para mais dois anos na chefia do Ministério Público do RN, percebeu que ele não se abala nenhum pouco com as críticas feitas por alguns, de que o MP quer ser Executivo. Segundo Rinaldo, o objetivo desses próximos dois anos não é só fiscalizar a lei, mas também ajudar a executar projetos.

CRÍTICA
Essa, inclusive, é a linha de quem crítica só por criticar. Afinal, os mesmo que reclamam que o MPRN quer ser Executivo e decidir os rumos da administração, também reclamam o distanciamento de alguns promotores, que não se colocam “no lugar dos gestores” e pedem coisas absurdas (o cumprimento da lei), que inviabilizam as administrações. Para esses, o melhor é que não houvesse Ministério Público.

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