Professores decidiram manter a greve. (Foto: Mariana Topfstedt/Sigmapress/Estadão Conteúdo)
Os professores da rede estadual de ensino em São Paulo decidiram nesta sexta-feira (17), em assembleia no Vão Livre do Masp, continuar a greve no estado. É a quarta assembleia na qual a categoria decide manter a paralisação, que foi decretada pela primeira vez em reunião na Avenida Paulista em 13 de março. Nesta tarde, por volta das 16h30, horário em que a greve foi votada, representantes da Apeoesp no carro de som informavam que 60 mil professores participavam do ato. O grupo deve seguir em caminhada até o Centro. Cerca de meia hora antes, a Polícia Militar (PM) informou que 3 mil pessoas participavam do ato, que bloqueava os dois sentidos da Avenida Paulista.
Professores fecham os dois sentidos da Avenida Paulista (Foto: Reprodução/TV Globo)
Reivindicações
Em greve desde 13 de março, os professores reivindicam 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior. O governo do estado diz ter dado reajuste de 45% no acumulado dos últimos quatro anos (2011 – 13,8%, 2012 – 10,2 %, 2013 – 8% e 2014 – 7%). Além disso, informa que parte da categoria receberá até 10,5% de aumento de acordo com desempenho em avaliação. Não houve proposta de reajuste geral para toda a categoria.
O sindicato alega que a Secretaria de Estado da Educação acenou com 10,5% de aumento para apenas 10 mil professores que se saíram bem em uma prova, ignorando outros 220 mil profissionais da rede. Dentre as reivindicações, os professores pedem aumento de 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior. Na segunda-feira (13), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que a adesão à greve é baixa e que é realizada por professores temporários. Na ocasião, ele diz que deu reajustes acima da inflação. "O último aumento foi em agosto, não completou ainda nem um ano", justificou.
Protestos, assembleias e ocupação
Entre quarta (15) e quinta (16), os professores estiveram na Assembleia. Eles participaram de audiência pública e mantiveram a ocupação das galerias do plenário por 24 horas. Em nota, a Secretaria Estadual da Educação afirmou que nunca deixou de receber os representantes da Apeoesp. O grupo já tinha marcado um encontro com os professores para o dia 23.
E que vai ser a 6ª reunião este ano, além das quarenta realizadas de 2011 a 2014 Antes, em 9 de abril, os professores bloquearam as rodovias Ayrton Senna, Anchieta e um trecho do Rodoanel Oeste. Os atos começaram a partir das 16h e também afetaram estradas em cidades do interior. Além das estradas, vias importantes da cidade de São Paulo também foram bloqueadas pela manifestação. Na assembleia anterior, a categoria afirma que reuniu 40 mil pessoas nas imediações do Estádio do Morumbi. O grupo fez caminhada até a portaria do Palácio dos Bandeirantes. Na ocasião, a PM disse que 20 mil participaram do ato.
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