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sábado, 13 de junho de 2015

RN: PM NÃO TEM DATA PARA REAVALIAÇÃO

No dia 28 de maio, comissão dos candidatos fez mobilização na PGE e acompanhou reunião que definiu a reavaliação psiquiátrica
No dia 28 de maio, comissão dos candidatos fez mobilização na PGE e acompanhou reunião que definiu a reavaliação psiquiátrica/Júnior Santos

Quinze dias depois da Procuradoria Geral do Estado (PGE) formalizar a decisão tomada pelo Governo do Estado de reanalisar as avaliações psiquiátricas dos 499 candidatos a praças da Polícia Militar do RN, considerados inaptos no psicoteste e que ingressaram com recurso judicial, a corporação não deu nenhuma continuidade ao processo. De acordo com a PM, o atraso é motivado pela falta de profissionais especialistas – psiquiatras – em seu efetivo, o que impossibilita também estimar um prazo para a conclusão do trabalho.

Em virtude disso, a Associação dos Praças da PM (Aspra) não descarta novo ato público na semana que vem, como forma de “cobrar um posicionamento do governador Robinson Faria”.  No último dia 30 de abril, após audiência provocada por deputados estaduais, que contou ainda com a presença do procurador-geral do Estado, Francisco Wilkie Rebouças., da secretária estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), Kalina Leite, do comandante da PM, coronel Angelo Dantas e do coordenador da junta médica, tenente-coronel Silvério Monte, o governador Robinson Faria revogou os psicotestes e prometeu a formação de uma nova comissão para reavaliar os exames. Pelo acordo, o grupo deveria ser constituído por psiquiatras dos quadro dos serviços de saúde do Estado e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, além da presença de um deputado integrante da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa.

Um mês depois, em 28 de maio, durante reunião na sede da PGE, entre o procurador-geral adjunto João Carlos Gomes Coque e uma comissão formada por representantes dos candidatos, a decisão do Governo foi formalizada. Ontem (12), a equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE conversou novamente com Coque. “A PM ouviu a Procuradoria, sobre o que sabíamos, e informamos que os testes teriam que ser refeitos, já que houve um equívoco no edital. Na época, já existia esta dificuldade de não possuir psiquiatras, mas, a como o concurso está sob decisão judicial, a continuidade tem que ser promovida. Claro que a PM pode procurar auxílio em outros órgãos, como a Secretaria de Segurança (Sesed), mas, é ela quem tem que providenciar isto [reavaliações]”, comentou o procurador adjunto. Para a Aspra/RN, contudo, o atraso não é aceitável. “A Polícia Militar está dando uma desculpa. Quem assinou o certame e publicou o edital foram eles. Está lá, bem claro. Então, a PM tem que ir atrás. O governador nos fez promessas e estipulou datas, mas, elas não foram cumpridas. Se os assessores dele não foram capazes de realizar isto, o que estamos pedindo é um novo posicionamento. Dessa forma, não descartamos também um novo ato público em frente à Governadoria, já na próxima semana”, afirmou Eduardo Canuto, presidente da entidade.

Polícia Civil

O último certame para a Polícia Civil, realizado em 2008, também precisou de sentença judicial para o pleno cumprimento do edital. Ao todo, 192 aprovados foram convocados em Diário Oficial do Estado, publicado no último dia 6 de março, e realizam cursos de formação. De acordo com Correia Júnior, chefe da Academia de Polícia do Rio Grande do Norte (Acadepol),  122 alunos devem estar formados até o mês de setembro, sendo 29 para o cargo de escrivão,  49 agentes e outros 44 delegados. Uma nova turma de agentes será integrada à Acadepol em agosto, também na faixa de 45/50 alunos. Em números, toda essa preparação terá um custo aproximado de R$ 2,6 milhões.

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