
O futebol argentino perdeu um dos grandes nomes de sua história
nesta quinta-feira. Ídolo do Cruzeiro, o ex-zagueiro Roberto Perfumo morreu aos
73 anos, em Buenos Aires. Na última madrugada, ele caiu de uma escada da cantina
italiana Carletto, no bairro de Puerto Madero, na capital argentina, e sofreu
traumatismo craniano. Perfumo era colunista do jornal Olé e comentarista de
futebol na ESPN. Às quartas-feiras, após gravar, ele se reunia com amigos no
restaurante de Puerto Madero. Tão logo foi confirmada a morte de Perfumo, foram
iniciadas as homenagens ao "Marechal". Em partida pela Copa Libertadores, diante
do São Paulo, os jogadores do River Plate, outro ex-clube de Perfumo, utilizaram
braçadeiras pretas. Também foi respeitado um minuto de silêncio no estádio
Monumental de Nuñez.

Pela Seleção Argentina, o zagueiro disputou as Copas do Mundo
de 1966 e 1974, sendo capitão no segundo Mundial. Ele ainda conquistou a
Libertadores e o Mundial Interclubes pelo Racing, em 1967. Depois de se
destacar pelo Racing, Perfumo foi contratado pelo Cruzeiro em 1971. No clube
celeste, o zagueiro argentino foi tricampeão mineiro (72, 73 e 74). De acordo
com números do clube, em 138 partidas, marcou seis gols. 'El Mariscal' depois
voltou à Argentina, já com 32 anos, para também colocar seu nome na história do
River Plate. No Monumental de Nuñez, ganhou três títulos: o Metropolitano de
1975 e 1977 e o Nacional de 1975.
O zagueiro se aposentou em 1978 e depois
trabalhou como treinador, comandando Sarmiento de Junín, Racing, Olimpia
(Paraguai) e Gimnasia de La Plata. Desde 1993 não trabalhava mais como técnico.
Em partida entre Cruzeiro e River Plate, pela Copa Libertadores de 2015, os dois
clubes homenageram Perfumo e Sorín, que foram ídolos nas passagens pelos clubes
brasileiro e argentino. Na comemoração de 95 anos do Cruzeiro, o
Superesportes convidou ídolos para elegerem um "time ideal" do
clube. bPerfumo foi um dos mais votados e entrou na seleção celeste de todos os
tempos.
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