
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Rio de Janeiro - 03/12/2015(Ricardo Moraes/Reuters)
Um dia depois de o governo Dilma Rousseff ter sido atingido
pela delação premiada do senador Delcídio do Amaral, a Polícia Federal fechou o
cerco contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista é alvo de um
mandado de condução coercitiva expedido pelo juiz federal Sérgio Moro na 24 ª
fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta sexta-feira.

Lula é investigado por suspeita de ter recebido vantagens
indevidas durante o mandato. Na 24ª fase da Lava Jato, batizada de Aletheia, as
suspeitas são de que o sítio Santa Bárbara, utilizado pelo ex-presidente e pelos
familiares em Atibaia (SP), tenha sido comprado e reformado com dinheiro de
empreiteiras envolvidas no cartel da Petrobras. O petista foi levado pouco
depois das 7 horas da manhã no cumprimento do mandado de condução coercitiva.
Quando o petista deixou o governo, em 2011, seus pertences e de
seus familiares foram levados para o sítio de Atibaia, como mostram documentos e
um testemunho obtidos por VEJA. Arquivadas na Presidência da República, as
ordens de serviço e notas fiscais de uma das transportadoras pagas pelo governo
para fazer o trabalho mostram que a mudança de Lula foi levada de Brasília para
ao menos três endereços em São Paulo: o apartamento do ex-presidente em São
Bernardo do Campo, um depósito na capital paulista e o sítio em Atibaia.
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