Páginas

BUSCA NO BLOG

quarta-feira, 9 de março de 2016

MAIORIA NO STF CONSIDERA NOMEAÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA ILEGAL

Supremo Tribunal Federal (STF) realiza sessão extraordinária
Supremo Tribunal Federal (STF) realiza sessão extraordinária(Carlos Humberto/SCO/STF/Divulgação)
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta quarta-feira, contra nomeação do novo ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva. Por 10 votos a um, os magistrados consideraram que a escolha de Silva, que é procurador de Justiça do Ministério Público da Bahia, viola a independência do MP e fere preceitos definidos pela Constituição.+
Por 10 votos a 1, STF barra nomeação de Wellington César para ministro da Justiça
O principal argumento considerado pelos integrantes do STF é que o artigo 128 da Constituição estabelece que os promotores e procuradores de Justiça não podem "exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério". Na tentativa de preservar a indicação de ministro da Justiça, Lima e Silva pediu exoneração do cargo de procurador-geral de Justiça do Estado da Bahia, mas permaneceu na carreira de procurador, o que, na avaliação do Supremo, não afasta a ilegalidade da nomeação.

Os ministros não invalidaram os atos praticados tanto pelo ministro da Justiça quanto pelos integrantes do Ministério Público que ocupam secretarias de Estado, mas definiram o prazo de 20 dias para que todos - e o próprio Wellington Lima e Silva - deixem seus cargos. A remoção dos nomeados irregularmente só não será imediata porque o STF considerou necessário organizar uma transição e, nas palavras do presidente Ricardo Lewandowski, "minimizar eventual crise" na dança de cadeiras. O único ministro que divergiu desse entendimento foi Marco Aurélio Mello, com a tese de que a saída do ministro do cargo, neste momento, agravaria a crise política "já sem precedentes" no país.

Nenhum comentário:

Postar um comentário