A agência de classificação de risco Moody’s colocou em revisão
a nota e as perspetivas de 18 países exportadores de petróleo, entre eles, a
Rússia, e incluindo Angola, admitindo um corte da nota de classificação de
crédito [rating] devido à queda dos preços do petróleo. Em comunicado,
a agência norte-americana informou que, para 12 dos 18 Estados soberanos,
iniciou revisões para possível baixa da nota de crédito que reflita o “impacto
total do choque petrolífero de uma forma sistemática e consistente”.
Os 12 estados em análise, e os respetivos ratings são:
Abu Dhabi (Aa2), Angola (Ba3), Gabão (Ba3), Cazaquistão (Baa2), Kuwait (Aa2),
Nigéria (Ba3), Papua Nova Guiné (B1), Qatar (Aa2), Rússia (Ba1), Arábia Saudita
(Aa3), Trinidad e Tobago (Baa2) e os Emirados Árabes Unidos (Aa2). Em quatro
casos, Azerbaijão (de Baa3 para Ba1), Bahrein (de Baa3 para Ba1), República do
Congo (Ba3 para B1), Omã (de A1 para A3), a Moody’s baixou a nota de
classificação de crédito e colocou-os em revisão para uma baixa adicional que
reflita o impacto mínimo que acredita que a queda dos preços vai ter nos perfis
de crédito desses países produtores, e espera concluir todos os comentários no
prazo de dois meses.
A agência confirmou o rating estável Aaa da Noruega e
mudou a perspetiva de estável para negativa na classificação Caa3 da
Venezuela.Também hoje (5), a Moody’s publicou relatório mais aprofundado sobre
os seus pontos de vista e considerações analíticas que impulsionaram as decisões
de rating, no qual explica que a queda contínua dos preços do petróleo
tem implicações profundas no crescimento econômico, uma vez que o petróleo e o
gás são usados para impulsionar o crescimento econômico e financeiro dos
estados. “Dada a importância em termos econômicos e fiscais, a agência de
classificação conclui que os perfis de risco de crédito desses estados soberanos
exportadores de petróleo estão, portanto, sob pressão crescente”, diz trecho da
nota da agência.
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