Existe uma prática corporativa, também comum em associações
políticas, que consiste em marcar uma reunião para resolver determinado
problema, mas ao final dessa reunião a única solução encontrada é... marcar uma
nova reunião. Em alguns casos, a solução proposta é constituir um grupo de
trabalho, encarregado de encontrar as alternativas que o grupo principal não
conseguiu. É a chamada procrastinação.
Neste 28 de abril, Dia da Educação, devemos comemorar? Devemos
fechar os olhos para o que deixou de ser feito? Em meio a uma das maiores crises
econômicas e políticas do país, comemorar talvez não seja a melhor alternativa,
uma vez que ainda temos muito a evoluir. Embora a educação seja um dos direitos
da cidadania, ela ainda não integra as prioridades nacionais. Nem mesmo
o slogan Pátria Educadora pode ser levado a sério, pois ele não está no DNA do
governo.
A educação básica de qualidade é o maior desafio a ser
enfrentado pelo Brasil. A média de estudos no país está em sete anos, enquanto
na Coreia do Sul, por exemplo, são 12 anos. Na Coreia, todas as escolas,
públicas e privadas, são de turno integral, onde os estudantes permanecem nove
horas/dia. No Brasil, os estudantes ficam em média 3,5 horas/dia. A educação
pequena e de baixa qualidade, acompanhada da ausência de ética, certamente
impede o desenvolvimento de uma nação.
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