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quarta-feira, 4 de maio de 2016

ANTECIPAR ELEIÇÃO CUSTA R$ 400 MILHÕES, DIZ TSE


As eleições municipais acontecem no próximo dia 2 de outubro
Caso seja aprovada pelo Congresso Nacional em tempo hábil, a proposta de antecipação da eleição presidencial para 2 de outubro aumentará os gastos da Justiça eleitoral em 50% em 2016. A estimativa, feita pelo Tribunal Superior Eleitoral a pedido do Congresso em Foco, é de um gasto adicional de R$ 400 milhões aos R$ 800 milhões já estipulados para a disputa municipal. Ou seja, a escolha simultânea de prefeitos e vereadores, presidente e vice implicará um gasto público de R$ 1,2 bilhão.  “Se houver segundo turno, as eleições ocorrerão em todos os municípios brasileiros. Em se tratando de eleições municipais, o segundo turno só ocorre nas cidades com mais de 200 mil habitantes”, justifica o tribunal, por meio de sua assessoria de imprensa.

O TSE reconhece que há viabilidade técnica para unir as duas disputas ou realizar, na mesma data, além da eleição municipal, um plebiscito para ouvir os eleitores sobre uma eventual antecipação da eleição presidencial – outra medida cogitada por integrantes do governo. “Há condições técnicas para realizar as eleições municipais e gerais juntas, e até plebiscito, se for o caso. Quanto ao tempo hábil, dependerá de quando essas decisões seriam tomadas pelo Congresso Nacional”, afirma a corte, sem especificar o prazo necessário para que a organização fosse possível ainda este ano. Na semana passada, parlamentares entregaram ao ministro Jaques Wagner, chefe de gabinete da Presidência da República, uma carta em que pedem a Dilma “grandeza” para abrir mão do cargo e apoiar a antecipação da escolha de seu sucessor. Segundo o jornal O Globo, a presidente considera enviar uma proposta nesse sentido ao Congresso como “cartada final”. Para isso, no entanto, é necessário que o vice Michel Temer faça mesmo – algo fora de cogitação pelo vice-presidente, que considera a mudança um “golpe” por não estar previsto na Constituição em caso de impeachment.

O presidente eleito do TSE, Gilmar Mendes, é radicalmente contra a antecipação. “Essa não é uma ideia séria. Do ponto de vista jurídico, há uma série de etapas que precisam ser cumpridas. Do ponto de vista procedimental, seria praticamente impossível conseguir colocá-la em prática diante das dificuldades que é se fazer uma eleição no Brasil. Do ponto de vista político, seria praticamente impossível”, argumentou. Também tramita no Congresso, ainda que sem o mesmo alarde, a proposta do deputado Domingos Neto (PSD-CE) que prevê a convocação de plebiscito para consultar o eleitorado sobre a realização de nova eleição para a Presidência. A PEC foi apresentada na semana que antecedeu a votação do impeachment na Câmara (17 de março), está sujeita à apreciação do Plenário e aguarda distribuição pela Mesa Diretora da Câmara.

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