
A Polícia Federal (PF) está nas ruas para cumprir mandados
referentes à 29ª fase da Operação Lava Jato desde a madrugada desta
segunda-feira (23) em Brasília, Pernambuco e no Rio de Janeiro. A ação foi
batizada de "Repescagem". Estão sendo cumpridos seis mandados de busca e
apreensão, um de prisão preventiva e dois mandados de prisão temporária. A
prisão preventiva é contra João Cláudio Genu. Também estão sendo cumpridos dois
mandados de busca na casa e no apartamento dele, no Rio de Janeiro. Lucas Amorim
Alves teve um mandado de prisão temporário expedido. A PF também cumpre dois
mandados de busca na casa e no escritório dele.
A outra prisão temporária é contra Humberto do Amaral Carrilho.
Os policiais também cumprem um mandado de busca e apreensão na casa de Antônio
Gontijo de Rezende, em Recife. O G1 tenta contato com os
advogados dos investigados. A prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode
ser prorrogada pelo mesmo período ou convertida em preventiva, que é quando o
investigado fica preso à disposição da Justiça sem prazo pré-determinado. Os
mandados foram expedidos em procedimento que investiga os crimes de formação de
quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva a ativa envolvendo verbas
desviadas do esquema criminoso revelado no âmbito da Petrobras.
Segundo a PF,um dos investigados foi assessor
do ex-deputado federal José Janene e tesoureiro do Partido Progressista. "Foi,
juntamente com o deputado, denunciado na Ação Penal 470 do STF (Mensalão),
acusado de sacar cerca de um milhão e cem mil reais de propinas em espécie das
contas da empresa SMP&B Comunicação Ltda., controlada por Marcos Valério
Fernandes de Souza, para entrega a parlamentares federais do Partido
Progressista, no escândalo criminal conhecido vulgarmente por Mensalão", disse a
PF. Segundo a PF, surgiram elementos probatórios que apontam a participação do
investigado também no esquema criminoso que vitimou a Petrobras. As
investigações apontam que ele continuou recebendo repasses mensais de propinas,
mesmo durante o julgamento do Mensalão e após ter sido condenado, repasses que
ocorreram pelo menos até o ano de 2013.
*28ª fase
A 28ª fase, batizada de "Vitória de Pirro", foi deflagrada no dia 12 de abril. A investigação focou na cobrança de propinas para evitar convocação de empreiteiros em comissões parlamentares de inquérito sobre a Petrobras em 2014 e 2015. Foram presos o ex-senador Gim Argello, o assessor dele Paulo Cesar Roxo Ramos e o secretário-geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal Valério Neves Campos. Os dois últimos tiveram a prisão temporária vencida e foram soltos.
A 28ª fase, batizada de "Vitória de Pirro", foi deflagrada no dia 12 de abril. A investigação focou na cobrança de propinas para evitar convocação de empreiteiros em comissões parlamentares de inquérito sobre a Petrobras em 2014 e 2015. Foram presos o ex-senador Gim Argello, o assessor dele Paulo Cesar Roxo Ramos e o secretário-geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal Valério Neves Campos. Os dois últimos tiveram a prisão temporária vencida e foram soltos.
Gim cumpre mandado de prisão preventiva e está detido no
Complexo Médico-Penal, em Pinhais. Paulo Roxo também está detido no complexo
médico. Gim, à época, era membro da CPI no Senado e vice-presidente da CPMI, da
Câmara e do Senado. Ele foi senador entre 2007 e 2015. O nome da operação
significa uma vitória obtida a alto custo. O nome de Argello pareceu nas
delações do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) e do dono da UTC,
Ricardo Pessoa. O Ministério Público Federal (MPF) diz que há evidências de que
o ex-senador pediu R$ 5 milhões em propina para a empreiteira UTC Engenharia e
R$ 350 mil para a OAS. As duas empresas são investigadas na Lava Jato. Os
recursos foram enviados a partidos indicados por Gim – DEM, PR, PMN e PRTB – na
forma de doações de campanha. O procurador Carlos Lima afirmou que o esquema de
travestir propinas em forma de doações aparentemente legais "já existe e há
muito tempo".
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