
As reivindicações da Confederação Nacional de Municípios (CNM)
para viabilizar a execução dos programas federais de Educação nos Municípios e
diminuir os entraves que impossibilitam a eficiência na gestão municipal foram
apresentadas ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na
terça-feira, 21 de junho. O secretário da Confederação e presidente da
Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Marcelo Beltrão; a consultora da área
técnica de Educação, Mariza Abreu, e outros integrantes estiveram reunidos com o
chefe de gabinete substituto da presidência da autarquia, Leonardo Milhomem,
para tratar da pauta municipalista. Na oportunidade, a CNM elencou a lista de
solicitações prioritárias dos Municípios.
A atualização anual dos valores per capita dos programas
federais de Educação foi uma das reivindicações. A entidade pede que o reajuste
do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do Programa Nacional de
Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate) e do Programa Dinheiro Direto na Escola
(PDDE) ocorra ao menos pela inflação do ano anterior. A CNM também defendeu o
aumento do volume de recursos federais para as transferências legais e limitação
dos recursos no caso de transferências voluntárias. Nesse contexto, pediu a
avaliação do impacto dos programas Mais Educação, Proinfância, PNAIC e
PAR-PDE.
Conselho DeliberativoUma das bandeiras
levantadas pela CNM em várias audiências é a revisão da atual composição do
Conselho Deliberativo do FNDE. A entidade sugere que o colegiado seja integrado
por cinco representantes dos Municípios, cinco do governo federal e outros cinco
dos Estados e do Distrito Federal.
Os integrantes dos Municípios seriam escolhidos pelas entidades
municipalistas que fazem parte do Comitê de Assuntos Federativos (CAF) da
Presidência da República. A intenção dessa proposta é que os Municípios tenham
mais representatividade nas decisões proferidas pelo colegiado.
Fundeb
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) também foi pautado pela CNM. A entidade sugeriu ao FNDE um debate sobre a continuidade dos fundos redistributivos para financiamento da educação básica pública, em substituição ao Fundeb a partir de 2020.
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) também foi pautado pela CNM. A entidade sugeriu ao FNDE um debate sobre a continuidade dos fundos redistributivos para financiamento da educação básica pública, em substituição ao Fundeb a partir de 2020.
Solicitou ainda o aumento da complementação da União e
a possibilidade do Fundeb para a educação obrigatória (dos 4 aos 17 anos) e de
outro fundo para as políticas da primeira infância, com recursos dos Municípios
e União, das áreas de educação, saúde e assistência social.
Prestações de contasO encontro foi
finalizado com o pedido de redefinição dos procedimentos relativos à prestações
de contas. Nesse contexto, a reivindicação da entidade é para que seja
verificada a possibilidade de atribuir aos respectivos Tribunais de Contas a
apreciação de contas relativas às transferências legais. Além disso, a CNM
solicitou a avaliação da possiblidade de prescrição de prestações de contas a
partir de determinado período. Leonardo Milhomem ressaltou que as reivindicações
da Confederação têm o respaldo do FNDE.
Com isso, a expectativa de Marcelo Beltrão é que as
solicitações apresentadas avancem. “O FNDE recebeu as propostas. Agora, é
aguardar o encaminhamento para que elas sejam convertidas em ações e que os
Municípios possam fazer uso dessas adequações em um futuro bem próximo”, disse.
Outra reunião deve ser marcada com o presidente da autarquia, Gastão Dias
Vieira, para dar andamento a pauta apresentada pela CNM.
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