
Oito projetos que preveem reajustes salariais para servidores
públicos civis e militares da União foram aprovados na tarde desta terça-feira
(12) pelo Plenário do Senado. As matérias seguem agora para sanção presidencial.
Esses aumentos foram negociados desde 2015 com o governo da presidente Dilma
Rousseff, mas foram assumidos pelo presidente interino Michel Temer.
De acordo com o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), foi feito um
acordo das lideranças com o governo para que os projetos fossem aprovados na
forma como vieram da Câmara dos Deputados e para que, posteriormente, Temer vete
todos os dispositivos que impliquem criação de cargos e transposição de
carreira.
— Nós fizemos um entendimento de votarmos os projetos originais sem as emendas apresentadas pelos senadores na CAE e na CCJ, com o compromisso do governo vetar todas as matérias que sejam estranhas ao aumento de vencimentos — explicou Aloysio. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que o acordo foi fruto de uma construção coletiva que contou com a participação da oposição.
— Nós fizemos um entendimento de votarmos os projetos originais sem as emendas apresentadas pelos senadores na CAE e na CCJ, com o compromisso do governo vetar todas as matérias que sejam estranhas ao aumento de vencimentos — explicou Aloysio. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que o acordo foi fruto de uma construção coletiva que contou com a participação da oposição.
Câmara dos Deputados
Umas
das propostas aprovadas, o PLC 30/2016, trata da remuneração dos servidores integrantes do
quadro de pessoal da Câmara dos Deputados. Pela proposta, o reajuste será
escalonado da seguinte forma: 5,5%, a partir de 1º de janeiro de 2016; 5%, a
partir de 1º de janeiro de 2017, aplicados sobre as remunerações vigentes em 31
de dezembro de 2016; 4,8%, a partir de 1º de janeiro de 2018, aplicados sobre as
remunerações vigentes em 31 de dezembro de 2017; 4,5%, a partir de 1º de janeiro
de 2019, aplicados sobre as remunerações vigentes em 31 de dezembro de 2018. O
reajuste será estendido a proventos de aposentadoria e pensões sujeitas a
reajustes com base na remuneração do servidor ativo.
TCU
O PLC 31/2016, de autoria do Tribunal de Contas da União (TCU),
aumenta a remuneração dos servidores do órgão de maneira escalonada entre 2016 e
2019. O texto foi aprovado na forma de um substitutivo da Comissão de Finanças e
Tributação da Câmara dos Deputados para adequar o reajuste aos parâmetros
acertados com o Ministério do Planejamento.
Carreiras federais
Outro projeto aprovado (PLC 35/2016)
trata do salário de diversas carreiras federais. Serão beneficiados, entre
outros, servidores das agências reguladoras, do Inmetro, do Instituto Nacional
da Propriedade Industrial (INPI) e da Advocacia-Geral da União (AGU). O projeto
também cria as carreiras de Analista em Defesa Econômica e Analista
Administrativo para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A
estimativa de gastos nestes reajustes é de R$ 118,6 milhões em 2016; de R$ 566
milhões em 2017 e de R$ 173 milhões em 2018. O benefício será para cerca de 24
mil servidores civis ativos e 11 mil aposentados e instituidores de pensão.
AGU
O Senado também
aprovou o projeto (PLC 36/2016) que reajusta os salários de várias categorias e
disciplina o pagamento de honorários advocatícios para os advogados da União. O
projeto beneficia servidores do Banco Central, das carreiras do ciclo de gestão
e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entre outros.
O pagamento de honorários advocatícios pelo ganho de causa a
favor da União será composto pelos honorários de sucumbência fixados nas ações:
100% dos encargos legais sobre créditos de autarquias e fundações e até 75% do
encargo legal dos demais débitos. Os honorários serão pagos aos integrantes das
carreiras de Advogado da União, de Procurador Federal, de Procurador da Fazenda
Nacional e de Procurador do Banco Central, assim como aos ocupantes dos cargos
integrantes de quadros suplementares em extinção da área jurídica.
Forças Armadas e outros
Os senadores também aprovaram o projeto (PLC
37/2016) que aumenta a remuneração dos militares das Forças
Armadas em até 25% até 2019, em quatro parcelas. O impacto financeiro do projeto
será, em 2016, de R$ 2,8 bilhões. Já em 2017, o impacto será de R$ 3,5 bilhões.
Em 2018 e no ano seguinte, o impacto financeiro será de R$ 3,8 bilhões em cada
ano. O PLC 34/2016, por sua vez, reajusta em cerca de
20%, ao longo de quatro anos, os salários do magistério federal e de carreiras
ligadas à área de Educação, como do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep).
Foi aprovado ainda o PLC 38/2016, que reajusta a remuneração de
várias carreiras, como a dos servidores da Superintendência da Zona Franca de
Manaus (Suframa). O projeto também cria diversos cargos de provimento efetivo em
vários órgãos da administração federal. Um deles é o de Analista Técnico de
Pessoal e de Logística. A proposta aprovada pelos senadores também altera a
tabela de remuneração de várias funções comissionadas em órgãos do Executivo,
modifica regras sobre requisição e cessão de servidores e cria a Vantagem
Pecuniária Específica para os policiais militares e do corpo de bombeiros dos
extintos territórios federais. Os valores variam conforme o posto ou a patente.
Também vai á sanção o PLC 33/2016, que aumenta a remuneração de
diversas carreiras do Poder Executivo.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação
da Agência Senado)
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