O ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima foi o responsável
por acender a pira olímpica na cerimônia de abertura dos Jogos do Rio-2016,
nesta sexta-feira (5), no Maracanã. O UOL Esporte havia
informado incorretamente mais cedo que o ex-tenista Gustavo
Kuerten havia sido o escolhido. Ele participou da entrega em papel de
destaque ao entrar com a chama no estádio e passá-la para a ex-jogadora de
basquete Hortência, que a repassou para Vanderlei.

Vanderlei, de 47 anos, ocupou o lugar de Pelé, que era a
primeira opção da organização. Porém, o ex-jogador de futebol recusou o convite
alegando problemas físicos que o impossibilitariam de participar do evento. No
Twitter, em mensagem publicada durante a cerimônia de abertura, Pelé disse que
estaria no Maracanã "em energia e pensamento". Estarei ai com vocês hoje, em
energia e pensamento, no Estadio do Maracanã. Que Deus abençoe a todos.








Como haviam adiantado os diretores criativos da cerimônia de
abertura, projeções e luzes foram os principais recursos tecnológicos utilizados
na abertura dos Jogos Olímpicos. As projeções no chão do Maracanã criaram
efeitos muito aplaudidos pelo público, como o voo do 14 Bis sobre o Rio de
Janeiro, a transformação da floresta em um país tomado por plantações e grandes
cidades e os traços arquitetônicos de Oscar Niemeyer no caminho da "Garota de
Ipanema" Gisele Bündchen. Os diretores criativos do espetáculo Daniela Thomas,
Andrucha Waddington e Fernando Meirelles haviam anunciado que o recurso seria a
grande aposta da cerimônia, devido a limitações impostas pelo estádio do
Maracanã.
Ao contrário das aberturas anteriores, o Maracanã não é um
estádio olímpico (não tem pista de atletismo), o que reduz o espaço disponível.
O estádio também tem muitos lugares no nível do campo, o que impede que palcos
elevados sejam montados para que equipamentos e acessórios possam ser retirados
dos subsolos e escondidos depois. Para completar, o Maracanã tem portas de menos
dois metros de altura, o que inviabiliza a entrada de grandes alegorias ou
estruturas. Todas essas dificuldades se somam ao orçamento reduzido da cerimônia
do Rio. O valor não foi divulgado, mas, segundo os seus organizadores, é bem
menor que das edições anteriores. O produtor executivo da cerimônia, Marco
Balich, disse que Atenas foi marcante por ter sido clássica, Pequim teve uma
abertura grandiosa, Londres fez uma festa inteligente e o Rio seria lembrado por
uma cerimônia descolada. "É a festa mais legal em que eu trabalhei", disse ele,
que também produziu a abertura dos Jogos de Inverno de Socchi, na Rússia.
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