
O governador Robinson Faria reuniu hoje a equipe técnica
Governo do Estado, Procuradoria do Estado, a Controladoria do Estado, a direção
e o corpo técnico da CAERN, representantes da Assembleia Legislativa e da Câmara
Municipal de Caicó para a entrega ao coordenador do DNOCSno Rio
Grande do Norte do projeto elaborado pela administração estadual para a adutora
de engate rápido de Caicó. Robinson Faria ressaltou que o Governo e a
CAERN estavam prontos para executar a obra de construção da
adutora e colocá-la em funcionamento no prazo máximo de cinco meses. “O Governo
trabalhou no projeto desde o ano passado. Elaboramos o projeto técnico, já
tínhamos todas as licenças ambientais no âmbito das esferas federal, estadual e
municipal, estávamos com o processo pronto para a contratação da obra e iniciar
os serviços em 15 dias. Mas o Ministério da Integração Nacional, através do
ministro Helder Barbalho, determinou que a obra seja executada pelo DNOCS”,
informou o Governador.
Com o afastamento do Governo, o DNOCS, que tem apenas uma
representação em Natal e sede em Fortaleza, no Ceará, assume a responsabilidade
pela construção da adutora que foi projetada pelo Governo do Estado para atender
população de 100 mil pessoas em Caicó, São Fernando, Timbaúba dos
Batistas e Jardim de Piranhas. “A partir de agora a população do Seridó
e do Rio Grande do Norte deve cobrar a execução da obra ao DNOCS e ao Ministério
da Integração Nacional”, afirmou Robinson Faria enfatizando que
fazia a entrega do projeto para colaborar com os órgãos federais. “A vontade do
Governo era executar a obra, para isso tomamos todas as medidas necessárias e
asseguramos a conclusão e entrega no prazo de cinco meses, mas isso não foi
possível por uma imposição política”, declarou o Governador. O coordenador do
DNOCS no RN, José Eduardo Alves disse na reunião que “pessoalmente sou a favor
que o Governo do Estado realize a obra, mas acredito que o DNOCS tem condições
de executá-la e cumprir os prazos”.
O temor de atraso na construção da adutora pelo DNOCS se dá
pelo fato de que, mesmo com o Governo do Estado entregando o projeto pronto ao
órgão federal, será preciso a emissão de novas licenças ambientais, uma etapa
que já estava concluída. O deputado estadual Nelter Queiroz disse discordar da
decisão de afastamento do Governo do Estado. Ele justificou sua posição alegando
que o DNOCS está há dois anos construindo a adutora de engate rápido de Currais
Novos e ainda não concluiu. “Isso é absurdo, o prazo para obras emergenciais é
de até seis meses, e a obra em Currais Novos está atrasada em mais de um ano”,
afirmou o parlamentar. Nelter ainda criticou o DNOCS na construção da adutora
para o município de Jucurutu. Ele afirmou que “a empresa contratada chegou a
pedir dinheiro à prefeitura da cidade para abastecer veículos e comprar
alimentos”.
O presidente da Câmara Municipal de Caicó, vereador Nildson
Dantas, considerou o afastamento do Governo do Estado “uma situação
constrangedora. O povo de Caicó esperava receber a adutora até dezembro. Agora
não há qualquer garantia de que vai chegar água para a população. Lamento que
interferências políticas negativas estejam prejudicando um direito da
população”. O vereador Leleu Fontes, também de Caicó, apontou “ressentimento
político” na decisão de afastar o Governo do RN da execução da construção da
adutora. “A perspectiva é de que não teremos chuvas nos próximos meses. A
situação, que já é grave, pode piorar e levar a população de Caicó a
dificuldades extremas para ter acesso à água”, declarou, questionando a
agilidade do DNOCS para realizar a obra. Ao final da reunião, Robinson Faria
disse que além de elaborar todo o projeto a administração estadual pagou as
licenças ambientais e técnicas, o que terá que ser feito outra vez pelo DNOCS,
demandando mais tempo e despesas. “Mesmo afastado da execução da adutora para
Caicó, o Governo do Estado, em todas as suas instâncias, estará à disposição do
DNOCS para contribuir para a conclusão da adutora. O que não queremos é ver a
população de Caicó sofrendo com a falta de uma condição básica para viver, que é
o acesso à água”, concluiu Robinson Faria.
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