
Carlos D'Avila Teixeira, Juiz federal (salário de R$198.852,39); Jorge Rodrigo Araújo, o "Bessias", Procurador da Fazenda (salário de R$55.459,30); Daniel César Azerevo Avelino, Procurador da República (salário de R$96.919,83) e José Múcio Monteiro Filho, Ministro do TCU (salário de R$50.886,46) (VEJA)
Desde a década de 80, quando um político alagoano se lançou no
cenário nacional com a fantasia de “caçador de marajás”, o Brasil tenta acabar
com a praga dos supersalários de uma minoria de servidores públicos. Até hoje,
não deu certo. Na semana passada, o Senado deu um passo importante nessa direção
ao aprovar um pacote de três projetos que passa a incluir no teto constitucional
(33.763 reais mensais) a maioria dos penduricalhos desse grupo. Um levantamento
de VEJA entre todos os funcionários públicos da ativa do Judiciário, do
Executivo e do Legislativo federais mostra o tamanho do problema.
A pesquisa
identificou os 5.203 servidores que ganharam acima do teto em setembro.
O prejuízo aos cofres públicos chega a 30 milhões de reais em um único mês. E
isso sem contar aposentados, pensionistas, nem os três poderes nos níveis
estadual e municipal. A diferença de 360 milhões de reais por ano daria para
pagar por um mês a 400.000 aposentados que ganham o salário mínimo. Repetindo:
400.000. Nos casos mais gritantes, um único servidor chegou a receber mais de
100 000 reais em um mês. Despontam entre os marajás figuras como o ministro do
Planejamento, Dyogo de Oliveira. O drible no teto constitucional ocorre, na
maior parte das vezes, em razão de uma miríade de benefícios.
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