
O cateterismo feito pela equipe médica do Hospital
Sírio-Libanês, em São Paulo, na ex-primeira-dama Marisa
Letícia, 66, mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vítima
de um acidente vascular cerebral (AVC) nesta terça-feira, foi
bem-sucedido, segundo o hospital e uma fonte ligada à família dela. O principal
objetivo era estancar o sangramento no cérebro provocado por um aneurisma
(dilatação anormal de um vaso sanguíneo).
Agora, a ex-primeira-dama, que ainda continua em estado grave,
vai para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde deverá ficar por até três
dias. A evolução da recuperação vai determinar quando ela irá para o quarto. Os
médicos não observaram nenhuma sequela até o fim do procedimento, mas a
existência de dano e sua extensão só poderão ser avaliados após esse período na
UTI.
O cardiologia Kalil Roberto Filho, que atende há anos a família
Lula, afirmou que o quadro de saúde da ex-primeira-dama Marisa Letícia é
estável, mas que ela ainda corre risco de vida. “O procedimento foi um sucesso. Conseguimos estancar o
sangramento. O estado é estável do ponto de vista clínico. O risco (de vida)
sempre tem num quadro como esse”, disse o médico. O procedimento durou cerca de uma hora e meia. O cateterismo
consiste em colocar um catéter (uma espécie de tubo flexível) no corpo, a partir
da virilha e até o cérebro, onde, por meio dele, é possível estancar o
sangramento. Durante todo o tempo, a ex-primeira-dama ficou sedada e entubada.
Marisa, que é hipertensa, teve um pico de pressão de 23 por 12
na tarde desta terça-feira. Ela foi rapidamente levada ao hospital Assunção, em
São Bernardo do Campo, onde foi diagnosticado o AVC. Depois, devido à gravidade
da situação, ela foi transferida ao Sírio-Libanês, onde Kalil trabalha. Lula,
que estava em São Paulo em um ato da Central Única dos Trabalhadores (CUT),
chegou antes dela ao hospital.
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