
Enquanto o movimento municipalista se mobilizava para garantir
os recursos da multa da repatriação, a presidência da República vetou a
redistribuição mais justa dos recursos do Imposto Sobre Serviços (ISS). A
Confederação Nacional de Municípios (CNM) informa que a Lei Complementar
157/2016 – que traz as alterações na Lei Complementar 116/2003 – que dispõe
sobre o ISS de competência dos Municípios foi sancionada, com os vetos dos
principais pontos, e publicada no Diário Oficial da União (DOU), na data de sexta-feira, 30 de dezembro.
Segundo informações obtidas pela entidade, o veto nos trechos
que previam o recolhimento do tributo nos Municípios onde realmente ocorre as
transações de cartões de crédito/débito, leasing e planos de saúde foi
uma solicitação de representantes das instituições bancárias. Ao atender os
bancos, o governo retira dos Municípios a possibilidade de redistribuir pelo
menos R$ 6 bilhões de ISS.
A Confederação entende que a ação da presidência da república
desconfigurou o projeto como um todo. A proposta era considerar a tendência
observada nos sistemas tributários mundo afora de que o imposto sobre circulação
seja devido no destino, onde se localiza o usuário final daquela operação, e não
na origem – onde se localiza o fornecedor do bem ou serviço daquela operação.
Com o texto retirado pelo veto, seria mais provável atingir justiça fiscal.
Reforma
Alterar o local da cobrança do ISS do Município dos prestadores de serviços sede da administradora de cartões, da arrendadora mercantil ou da administradora de planos de saúde, para o dos tomadores desses serviços era o passo de início da reforma tributária.
Alterar o local da cobrança do ISS do Município dos prestadores de serviços sede da administradora de cartões, da arrendadora mercantil ou da administradora de planos de saúde, para o dos tomadores desses serviços era o passo de início da reforma tributária.
O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, lamenta a decisão da
presidência da República, uma vez que a aprovação do texto no Congresso Nacional
representou uma grande conquista do movimento municipalista. Ziulkoski alerta os
prefeitos que essa luta não acabou, e que agora a pressão deve ser sobre os
parlamentares para que os vetos sejam derrubados, e que justiça seja feita em
relação a desconcentração e melhor distribuição desses recursos.
*Veja a publicação aqui
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