O RN conta com 243 escolas de Ensino Médio aptas a participar
do processo de escolha. O sorteio visa criar dois grupos de escolas: o de
controle e o de tratamento. Das 243 escolas com perfil que as habilita a
receberem a metodologia do JF, 143 unidades serão sorteadas para implementação
imediata (tratamento) e 100 unidades configurarão um grupo de controle, que
segue recebendo todas as políticas da Educação do RN. O sorteio, que deve reunir um público estimado de 120 pessoas,
contará com a presença dos diretores, coordenadores pedagógicos das 16
Diretorias Regionais de Educação, dos diretores e coordenadores pedagógicos de
54 escolas da 1ª Dired, além dos gestores das escolas da sede da 2ª e 5ª Dired.
A escolha das escolas será acompanhada, também, por técnicos da SEEC e pela
equipe de implementação de projetos do Instituto Unibanco.
O objetivo do Jovem de Futuro é melhorar a qualidade do Ensino
Médio, por meio da promoção da gestão escolar orientada para resultados. Para
isso, o programa está estruturado em cinco eixos: Assessoria técnica (definição
de metas por escola com articulação estratégica para um alcance coletivo de
resultados de aprendizagem e implantação do Circuito de Gestão nas escolas com
engajamento dos atores escolares); Formação (disponibilização de conhecimentos
teórico-técnicos e instrumentais utilizando estratégias de mobilização dos
atores das diversas instâncias do sistema estadual de ensino); Sistemas
(disponibilização de sistemas virtuais que dão suporte para os outros eixos);
Monitoramento e avaliação (análise continua da implementação, pesquisas de
resultados e análise de impacto) e Comunicação (Plano estratégico com política
de relacionamento, produtos e ferramentas de divulgação e mobilização).
A parceria entre a SEEC e o Instituto Unibanco prima pela
melhoraria da qualidade do ensino médio da rede pública estadual por meio da
promoção da gestão escolar orientada para resultados, onde a participação no
projeto auxilie as equipes gestoras a ampliarem o olhar, o cuidado e as
intervenções no campo da gestão estratégica e da gestão de processos da rotina
da escola, a fim de produzir impactos efetivos na qualidade da oferta educativa.
Metodologia do sorteio
A avaliação considerada “padrão-ouro” para o cálculo de impacto
é chamada de experimento ou avaliação pelo método de aleatorização. Ela é capaz
de determinar o efeito de uma política ou programa sobre seus beneficiários.
Consiste em aplicar o programa para determinado grupo de pessoas (denominado
grupo de tratamento) e manter um outro grupo sem o programa para fins de
comparação (denominado grupo de controle).
Para que o grupo de controle possa representar o grupo de tratamento na situação hipotética de ele não ter recebido o tratamento, é necessário que ambos os grupos possuam características semelhantes antes de se começar o programa. O que garante isso é a aleatorização ou o sorteio: ao sortear as escolas que receberão o tratamento dentro de um grupo elegível de indivíduos ou escolas para recebê-lo, garante-se que tanto as características observáveis (tamanho, nível socieconômico etc.) quanto as não observáveis (engajamento do diretor, vontade de aprender dos alunos) esteja balanceada entre os dois grupos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário