
A sessão conjunta do Congresso Nacional para análise vetos
presidenciais, que ocorreria nesta terça-feira, 2 de maio, foi cancelada. O
Senado ainda não agendou nova data para a votação dos parlamentares. Na próxima
sessão conjunta, senadores e deputados podem derrubar o veto ao Imposto Sobre
Serviços (ISS), que estava previsto na pauta. A expectativa do movimento
municipalista é de que a votação ocorra no dia 16, assim como prevê a data
regimental.
O veto ao ISS impede que cerca de R$ 6 bilhões sejam
redistribuídos aos Municípios. Norteada pela justiça fiscal e a recuperação das
economias de todos os Municípios do país, a Confederação Nacional de Municípios
(CNM) pede que todos os gestores, prefeitos e lideranças municipalistas
continuem mobilizadas com a pauta, falem com suas bases e marquem presença na XX
Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios – de 15 a 18 de maio – para conseguir
a derrubada do veto, que impede a desconcentração de receitas obtidas com o
tributo.
A reforma do ISS, com uma nova forma de redistribuição do
recurso arrecadado, foi proposta pela Confederação e aprovada no ano passado
pelo Congresso, mas teve trechos vetados pelo governo federal. Os dispositivos
vetados tratam da mudança do local de recolhimento do imposto, ou seja, os
serviços de administração de cartões de crédito e débito passariam a ser
recolhidos onde está estabelecido o tomador do serviço. Além disso, o ISS das
operações de leasing e planos de saúde também seriam devidos no domicílio do
tomador.
Municípios prejudicados
Atualmente, o valor arrecadado é destinado aos Municípios onde as empresas que prestam o serviço do cartão de crédito e afins estão instaladas. Ou seja, Municípios pequenos ficam desprovidos das receitas, embora prestem o serviço em suas localidades.
Atualmente, o valor arrecadado é destinado aos Municípios onde as empresas que prestam o serviço do cartão de crédito e afins estão instaladas. Ou seja, Municípios pequenos ficam desprovidos das receitas, embora prestem o serviço em suas localidades.
Se o veto for mantido, mais de R$ 2,87 bilhões deixam de ser
redistribuídos entre os Municípios onde o tomador do serviço está estabelecido,
nesse caso onde estão localizados os restaurantes, farmácias, postos de
gasolina, etc. Isto no caso dos serviços de administração de cartões de crédito
e débito.
Se o veto não for derrubado, a forma de distribuição dos
recursos arrecadados com o imposto continuará como estão: 63% das receitas do
ISS ficam nas mãos de 35 Municípios; cerca de 100 Municípios respondem por 78%
de todo o montante arrecadado com tributo do país; em 2016, cerca de 75% da
arrecadação do ISS ficou concentrada para poucos Municípios da região Sudeste do
país.
Parlamentares comprometidos
Diversos parlamentares já se comprometeram com o movimento municipalista nesta pauta e afirmaram que irão votar pela derrubada do veto ao ISS. Este foi o caso, por exemplo, do presidente nacional do PTB, o ex-senador Roberto Jefferson. Ele afirmou a lideranças da CNM que orientará seu partido a votar contra o veto. A bancada da legenda corresponde a dois senadores e 17 deputados.
Diversos parlamentares já se comprometeram com o movimento municipalista nesta pauta e afirmaram que irão votar pela derrubada do veto ao ISS. Este foi o caso, por exemplo, do presidente nacional do PTB, o ex-senador Roberto Jefferson. Ele afirmou a lideranças da CNM que orientará seu partido a votar contra o veto. A bancada da legenda corresponde a dois senadores e 17 deputados.
Além dele, a Federação dos Municípios do Estado de Sergipe
(Fames) afirmou que os representantes do estado já garantiram votar pela
derrubada do veto. Dentre eles, os deputados federais Valadares Filho (PSB),
Fabio Mitidieri (PSD), Laércio Oliveira (SD) e João Daniel (PT). O senador
Eduardo Amorim (PSDB) também garantiu apoio a reivindicação com seu voto.
Em outros momentos, parlamentares também confirmaram votação a
favor do pleito municipalista nesta esperada sessão. Dentre eles, os deputados
Hildo Rocha (PMDB-MA), Ezequiel Fonseca (PP-MT), Cidinho Santos (PR-MT), Raquel
Muniz (PSD-MG), Herculano Passos (PSD-SP), Laudívio Carvalho (PMDB-MG), Afonso
Motta (PDT-RS), Rocha (PSDB-AC), Alfredo Kaefer (PSL/PR) e Carlos Melles
(DEM-MG).
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