O Ministério Público do Rio
Grande do Norte cumpre hoje (16) 21 mandados de prisão, 24 de condução
coercitiva e 129 de busca de apreensão na Operação Juízo Final, deflagrada
contra a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que atua no
sistema prisional do estado. Os mandados estão sendo cumpridos
em 18 municípios do Rio Grande do Norte, em 13 unidades prisionais estaduais e
no presídio federal de Porto Velho. Participam da ação 200 policiais militares,
promotores de Justiça, integrantes do Grupo de Atuação Especial de
Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e agentes penitenciários estaduais e
federais.
Segundo as investigações, que
duraram dois anos, o grupo atua no tráfico de drogas, roubo de veículos,
explosões de caixas eletrônicos, homicídios, entre outros crimes. De acordo com
o Ministério Público, a facção estava presente em praticamente todo o sistema
carcerário potiguar e articulava ações com integrantes do grupo criminoso de
outros estados do Brasil. Anotações apreendidas durante a
investigação continham relação dos criminosos, com nome, função e número de
telefone. Também foram encontrados documentos bancários que ajudaram a
comprovar a movimentação financeira do grupo.
Em conversas telefônicas
interceptadas durante a investigação, integrantes da facção combinavam resgate
de presos, assaltos, roubos de veículos e planos contra a facção rival que
também atua em presídios do estado. De acordo com o MP, os alvos da
operação vão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico de
drogas, lavagem de dinheiro, entre outros. Além disso, o Ministério Público
informou que pediu a fixação de multa de R$ 15 milhões ao WhatsApp pelo
descumprimento reiterado de ordem judicial para permitir acesso a conversas dos
investigados.
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