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segunda-feira, 3 de julho de 2017

EX-MINISTRO GEDDEL VIEIRA LIMA É PRESO PELA PF NA BAHIA

Geddel Vieira Lima - 22/11/2016
O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), que ocupou a Secretaria de Governo do presidente Michel Temer (PMDB), foi preso pela Polícia Federal nesta segunda-feira em Salvador (BA), em ação decorrente da Operação Cui Bono?, que investiga um esquema de corrupção na Caixa Econômica Federal. Geddel foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa entre 2011 e 2013, período investigado pela operação. A prisão decretada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da Justiça Federal de Brasília,  é preventiva, ou seja, sem prazo para terminar.

O juiz deu razão ao pedido da a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, que citam as apurações contra o ex-ministro no âmbito da Caixa, reiteradas por depoimentos do empresário Joesley Batista e do operador financeiro Lúcio Bolonha Funaro, e afirmam que Geddel tenta obstruir a Justiça. Segundo Joesley, o Grupo J&F pagou cerca de 100 milhões de reais em propina a Funaro que, por sua vez, disse ter repassado a Geddel Vieira Lima 20 milhões de reais em dinheiro vivo.

Ainda de acordo com o operador financeiro, Geddel ligava insistentemente a sua mulher, Raquel Aldejante Pitta, para monitorar sua disposição em aderir a um acordo de delação premiada. A defesa de Lúcio Funaro mostrou ao STF, por meio de registros de ligação, que o ex-ministro fez doze telefonemas ao celular de Raquel a partir do dia 17 de maio, quando se revelou que executivos da JBS haviam fechado delação premiada e que Joesley gravara um diálogo secreto com Temer. Geddel é nomeado como “Carainho” nos registros das ligações.
Mensagens trocadas entre Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima reforçam os indícios de que os dois peemedebistas se aliaram para manipular empréstimos e investimentos liberados pela Caixa. Em 30 julho de 2012, por exemplo, Cunha e Geddel trataram da liberação de um financiamento da Marfrig. “Voto sai hj”, informa Geddel a Cunha. Um mês depois, a Marfrig, quando estava com a corda no pescoço e prestes a se desfazer de alguns negócios para quitar a sua dívida, fechou um empréstimo de 350 milhões de reais com a Caixa. Em outro caso, envolvendo a empresa de eletrônicos Digibras, o ex-ministro escreve para o ex-presidente da Câmara: “Já estou entrando no circuito.

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