
Apesar dos questionamentos de prefeitos e governadores, o Supremo Tribunal Federal considerou em 2011 que o Piso Nacional do Magistério é constitucional. Estados e municípios, portanto, são obrigados a pagar. Professores devem agir o quanto antes, pois, por lei, na Justiça só é possível cobrar até os cinco anos anteriores
Milhares de professores das redes estaduais e muncipais da educação
básica de todo o país podem ter até 48,27%% em reajustes não pagos e devem
acionar a Justiça para receber tudo com juros e correção monetária. Tal
percentual refere-se ao somatório das correções do Piso Nacional do Magistério
de 2013 a 2017. Trata-se do cumprimento da Lei Federal 11.738/2008, ratificada
pelo Supremo Tribunal Federal em 2011. Se o prefeito ou governador não pagou ou
cumpriu apenas parcialmente, o docente tem o direito de receber corrigido
através de intervenção no Poder Judiciário.
O QUE DEVE SER FEITO
Em primeiro lugar, o professor deve procurar a assessoria jurídica de
seu sindicato para saber se o prefeito e/ou governador pagou tudo direito
conforme a lei do piso ou não. Se não tiver sindicato, a saída é consultar um
advogado particular. De posse das informações e da constatação de que não houve
o devido pagamento, a Justiça deve ser acionada.
Muitos sindicatos têm feito isso em todo o Brasil. Segundo matéria do G1
(01/02/2017), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará
(Sintepp) é uma das entidades que ameaçou o governo desse Estado de entrar na
Justiça para obter o reajuste de 7,64% dado ao piso do magistério em
2017. As perdas de muitos professores em relação a esse piso vêm na
verdade desde 2010. No entanto, só é possível reclamar judicialmente os últimos
cinco anos.
Professores devem agir o quanto antes para não perderem ainda mais
Caso queiram receber os reajustes devidos e corrigidos, os professores devem acionar a Justiça o mais rápido que puderem. Por lei, só é possível cobrar direitos não pagos dos últimos cinco anos. Por conta disso, embora muitos prefeitos e governadores não tenham pago reajustes do piso de 2010, 2011 e 2012, os educadores ficaram no prejuízo e não podem mais buscar a lei para reparar os danos relativos a esses anos.
Veja o que isso representa em percentual (%):
* 2010 - 7,86
* 2011 - 15.85
* 2012 - 22,22
* TOTAL: 45,93
É preciso que os
educadores, portanto, corram atrás dos seus direitos. Se não der na luta, vai
na Justiça mesmo. Embora se saiba que o judiário é lento, um dia o dinheiro
sai. E como vem com juros e correção monetária, sempre representa um bom valor.
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