
O FIADOR - Henrique Meirelles: sem trégua no empenho pelas reformas (Leonardo Benassatto/Futura Press//Estadão Conteúdo)
O governo do presidente Michel Temer adiou
o anúncio das novas metas fiscais para 2017 e 2018 em meio a indefinições que
ainda persistem sobre receitas e despesas que vão compor o rombo primário.
Ainda não há definição concreta sobre quando haverá o anúncio nem sobre o novo
número do déficit. Até o
momento, a ideia é que as metas subam para um déficit primário de 159 bilhões
de reais neste e no próximo ano, ressaltando a dificuldade para a retomada do
equilíbrio fiscal diante da fraqueza na arrecadação e incertezas sobre receitas
extraordinárias. As metas
ainda vigentes para o governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e
Previdência) são de um rombo de 139 bilhões de reais em 2017 e de 129 bilhões
de reais para o próximo.
Fontes
com conhecimento direto do assunto disseram que a intenção da equipe econômica
é manter a cautela para assegurar que os números não precisem ser novamente
revistos, como já ocorreu com a meta de 2018 mais cedo neste ano.
Técnicos
se debruçam agora sobre como exatamente as receitas com concessões ajudarão no
cumprimento dos alvos. De acordo com uma fonte do governo a par do assunto,
ainda não foi batido o martelo sobre quais aeroportos entrarão no novo pacote
de concessões. Consequentemente, ainda não há uma estimativa sólida de valores
que poderão ser obtidos pelo governo com as outorgas dos terminais. Mas,
segundo essa mesma fonte, há o objetivo de montar um cardápio de concessões que
busque aumentar a arrecadação do governo para ajudar no fechamento das
contas. “Existe uma preocupação em atender ao ajuste (fiscal), mas sem
comprometer a qualidade das concessões”, disse.
Entre as
possibilidades que estão em estudo estão as concessões dos aeroportos de
Congonhas (SP), Santos Dumont (RJ) e das participações da Infraero em
aeroportos já concedidos. Participaram
da reunião com Temer os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do
Planejamento, Dyogo Oliveira. Pela manhã, os dois estiveram com o presidente e
outros ministros por cerca de quatro horas. O deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator
da reforma da Previdência na Câmara, que tinha uma agenda com o presidente,
também está no encontro. Mais cedo, Temer recebeu ainda o líder do governo no
Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
(Com Reuters e Estadão Conteúdo)
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