A decisão do Tribunal de Justiça, tomada pelo presidente
Expedito Ferreira, aconteceu após a Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ),
através do ministro João Otávio Noronha (veja AQUI), ter ordenado que a Corte potiguar
tomasse providências quanto aos repasses considerados ilegais pelo órgão
superior.
CNJ contraria desembargadores e juízes
Ao todo, o TJRN pagou quase R$ 39.548,370,68 aos magistrados. Deste montante, R$ 34.808,032,33 foram pagos aos juízes de primeiro
grau, enquanto que os outros R$ 4.740,338,35 restantes foram repassados aos
próprios desembargadores do Tribunal. Quando o assunto veio à tona no final da semana passada, o Tribunal de
Justiça do Rio Grande do Norte justificou os pagamentos “considerando que a
ajuda de custo para moradia representa um direito preexistente aos magistrados
do Poder Judiciário do RN”. O CNJ tomou decisão diferente, contrariando
desembargadores e juízes. Atualmente, o valor mensal deste benefício que é pago aos magistrados é
de R$ 4.380,00. Ele foi regulamentado pelo Conselho Nacional de Justiça ainda
em 2014.
“Contenção de despesas”
A decisão do TJRN ocorreu no dia 27 do mês passado e o pagamento foi
efetivado no dia 2 último. Ocorreu justamente após esse poder anunciar série de
medidas para contenção de despesas, como “agregação” (fechamento) de várias
comarcas no interior do estado (veja AQUI). Ao entregar a presidência do TJRN ao seu sucessor no dia 2 de janeiro
deste ano, o desembargador Cláudio Santos afirmou: “Temos o custo por processo
mais elevado de todo o Brasil, cerca de R$ 3 mil reais”.
Disse ainda:”Temos que
dizer aos norte-rio-grandenses que temos a maior remuneração média de
servidores de todos os Tribunais dos Estados do Brasil”. “Houve um incremento de 1.024% nos gastos com pessoal resultantes de
decisões judiciais, entre 2008 e 2013″, relatou. Acrescentou também que “das 65 Comarcas existentes neste Estado, 35
estão vagas, sem juiz titular”. Ainda se jactou de deixar mais de R$ 560
milhões em caixa.
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