Nova
pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) sobre o pagamento do 13º
salário dos servidores municipais foi divulgada nesta segunda-feira, 11 de
dezembro. Das 4.434 Prefeituras, que concederam informações, 53,7% sinalizaram
pagamento em parcela única. Delas, 15,4% já haviam transferido os recursos até
dia 8 de dezembro, e 75% devem cumprir com a demanda agora em dezembro. Dos
demais, 44,5% parcelaram o benefício dos trabalhadores e 1,8% não concedeu
essas informações. Pelas regras vigentes, o 13º deve ser repassado até 20 deste
mês. No caso dos Municípios que optaram pela remuneração em duas parcelas,
91,2% já pagaram a primeira prestação, uma vez que a data limite venceu em 30
de novembro, e apenas 1,9% deve atrasar o pagamento – o que representa 600
Prefeituras.
Em
relação aos resultados dos anos anteriores, houve um pequeno aumento nos
números de atrasos dos Municípios que farão o pagamento em parcela única e nos
que fizeram o parcelamento, mas também não conseguiram pagar a primeira parcela
dentro do prazo. Ainda assim, quando o assunto é o 1% adicional do FPM
repassado no final do ano, 94% dos pesquisados confirmam que a verba cumpre com
sua função, de auxiliar no fechamento das contas. “A economia pode estar melhorando, mas o
retorno demora a impactar a arrecadação. Para os Municípios a crise neste fim
de ano está muito violenta e, no início do ano que vem, teremos que lidar com
duas situações muito difíceis: o cumprimento do piso para o magistério e o
aumento do salário mínimo. Principalmente no Nordeste, esses dois componentes
têm um impacto muito grande e vai aprofundar ainda mais a crise”, afirmou
Ziulkoski.
Conforme
mostra o estudo, os gestores locais estão priorizando a folha de pagamento.
Pelo menos 94% dos Municípios estão com salário do funcionalismo em dia; e
79,9% confirmam o pagamento da folha de dezembro dentro do prazo. No entanto,
dentre outras medidas adotadas, quase 50% têm postergado compromissos com
fornecedores para garantir os salários.
Atitudes
Além disso, muitos foram obrigados a tomar atitudes impopulares, como por exemplo: a redução das despesas de custeio, promovida por 3.794 Prefeituras; a diminuição do quadro de funcionários, promovida por 2.582; e eliminação de cargos comissionados, adotada em 2.682. Para o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, o grande responsável por esse cenário é a distorção Pacto Federativo. "Se Prefeitura fosse empresa privada, mais da metade já estava extinta", afirma.
Além disso, muitos foram obrigados a tomar atitudes impopulares, como por exemplo: a redução das despesas de custeio, promovida por 3.794 Prefeituras; a diminuição do quadro de funcionários, promovida por 2.582; e eliminação de cargos comissionados, adotada em 2.682. Para o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, o grande responsável por esse cenário é a distorção Pacto Federativo. "Se Prefeitura fosse empresa privada, mais da metade já estava extinta", afirma.
De
acordo com ele, apesar de ter crescido o número de Prefeituras que não vão
cumprir o pagamento em dia, o balanço geral é positivo. “Diante da crise que
enfrentamos nos Municípios, eu saúdo a competência dos prefeitos que estão
conseguindo, a ferro e fogo, gerenciar os problemas”, destaca o líder
municipalista.
Rendimento
São mais de seis milhões de trabalhadores empregados nas administrações municipais, com rendimento media em torno de R$ 3,3 mil. A pesquisa da CNM indica que 74,8% desses servidores são estatutários e 16% são contratados com base na Consolidação de Leis Trabalhistas (CLT), instituída pela Decreto-Lei 5.452/1943. O governo estima injeção de R$ 20,3 bilhões na economia, neste final de ano, com o pagamento da gratificação.
São mais de seis milhões de trabalhadores empregados nas administrações municipais, com rendimento media em torno de R$ 3,3 mil. A pesquisa da CNM indica que 74,8% desses servidores são estatutários e 16% são contratados com base na Consolidação de Leis Trabalhistas (CLT), instituída pela Decreto-Lei 5.452/1943. O governo estima injeção de R$ 20,3 bilhões na economia, neste final de ano, com o pagamento da gratificação.
O levantamento também mostra outras informações
importantes sobre a gestão municipais. Dentre elas: 60% dos Municípios
pesquisados afirmaram estar com o limite de gasto com pessoal sob controle;
2.448 vão deixar Restos a Pagar (RAPs) para o próximo ano; e 1.231 Municípios
afirmam ter obras paradas.
*Veja o estudo completo aqui
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